sábado, 22 de agosto de 2009

Gotas de Luz



Lei Divina e Natural: “O Bem e o Mal”



a) Podemos definir a moral como sendo a regra da boa conduta e portanto, da distinção entre o bem e o mal. Funda-se na observação da lei de Deus e o homem se conduz bem quando tudo faz tendo em vista o bem e para o bem de todos, porque então observa a lei de Deus.

b) O bem é tudo que está de acordo com a lei de Deus, o mal tudo que dela se afasta. Fazer o bem é seguir a lei de Deus; fazer o mal é infringi-la.

c) O homem pode distinguir o bem e o mal quando crê em Deus e quando quer saber. A inteligência nos foi dada por Deus para discernir um e outro.

d) Para não nos enganar no discernimento do bem e do mal basta seguir o que Jesus nos disse: "vede o que quereríeis que vos fizessem ou não"; tudo se resume nisso. Assim não vos enganareis.

e ) A lei natural traça ao homem os limites de suas necessidades, e é aplicada à conduta pessoal do homem. Quando comemos demais, isto nos faz mal. Se o homem escutasse estas coisas, evitaria a maior parte dos males de que acusa a natureza.

f) Os espíritos foram criados simples e ignorantes e Deus lhes deixa a escolha do caminho, tanto pior para ele seguir o mal. Se não existisse montanhas, não compreenderia o homem que se pode subir e descer. É necessário que o espírito adquira experiência, e para isto é necessário que conheça o bem e o mal, por isto existe a união do espírito e do corpo.

g) Apesar das diferenças sociais criarem situações novas que não são as mesmas para todos os homens, estas diferenças estão de acordo com a lei de progresso. Isto não impede a unidade da lei natural, que se aplica a tudo.
(Ver comentário de Kardec à questão 635, em o Livro dos Espíritos)

h) A lei de Deus é a mesma para todos; mas o mal depende sobretudo da vontade que se tenha de fazê-lo. O bem é sempre bem e o mal é sempre mal, qualquer que seja a posição do homem, a diferença está no grau de responsabilidade.

i) O mal depende da vontade, e o homem é tanto mais culpado quando melhor sabe o que faz.
(ver comentário de Kardec, à questão 637, em o Livro dos Espíritos)

j) O mal recai sobre aquele que foi o causador. Aqueles que praticam o mal pela posição que foram colocados por outros, tem menos culpa do que os que, assim procedendo, o ocasionaram. Isto porque cada um será punido, não só pelo mal que haja praticado, mas também pelo mal que haja dado lugar.

k) Aquele que não pratica o mal, mas se aproveita do mal praticado por outrem é como se houvera praticado. Aproveitar do mal é participar dele. Talvez não fosse capaz de praticá-lo, mas desde que, achando-o feito, aproveita dele, é que aprova, e que teria praticado se pudesse ou ousasse.

l) Há virtude em resistir ao mal, principalmente quando há possibilidade de fazê-lo. Se apenas não o pratica por falta de ocasião, é culpado quem o deseja.

m) Para agradar a Deus e assegurar sua posição futura, não basta apenas não praticar o mal. É preciso fazer o bem no limite de suas forças, porquanto seremos responsáveis por todo mal que haja resultado de não praticarmos o bem.

n) Não há quem não possa fazer o bem. Somente o egoísta nunca encontra oportunidade de o praticar. Basta que estejamos em relação com outros homens para que se tenha ocasião de se fazer o bem. Porque fazer o bem não consiste para o homem, apenas ser caridoso, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que seu concurso for necessário.

o) Para certas pessoas o meio em que se encontra representam a causa de muitos vícios e crimes, mas ainda ai há uma prova para o espírito, que escolheu, quando em liberdade, para expor-se a tentação e ter o mérito da resistência.

p) Quando o homem acha-se mergulhado na atmosfera de vícios, tem um arrastamento, mas não irresistível, porque mesmo nestes locais, grandes virtudes florescem. São os espíritos que tiveram a força de resistir e tiveram também a missão de exercer a boa influencia sobre seus semelhantes.

q) O mérito do bem está na dificuldade em praticá-lo. Nenhum merecimento há em fazê-lo sem esforço e quando nada custe.


Fonte: CVDEE, Estudo sintético do Livro dos Espíritos.

Continua no próximo Gotas de Luz...

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