sábado, 20 de março de 2010

Páginas do Verdade e Luz


A Bica do Convertido


Uma senhora casada com um fazendeiro, tinha sido desenganada pelos médicos. Tendo ouvido falar de Batuíra e das curas que fazia através da homeopatia, pediu certo dia ao marido que fosse até à rua Espírita buscar esses remédios. Muito poderoso e orgulhoso, o fazendeiro fez a vontade à mulher, embora a contragosto.

Mas a meio do caminho, o orgulho falou mais alto; ao dar com uma bica da qual jorrava a água límpida de uma nascente, encheu a garrafa que levava, destinada a meter lá os tais remédios, e voltou para casa. Ao chegar, foi ter com a mulher, entregou-lhe o líquido falso e disse-lhe: Tens que tomar uma colher de sopa quatro vezes por dia. Quando acabares a garrafa, vou-te buscar mais. Obediente, a mulher iniciou o “tratamento” e, para surpresa do fazendeiro, começou a melhorar.

Cheio de astúcia, decidiu elaborar um plano para desmascarar o “charlatão espírita”, escolhendo para o levar a cabo, o dia em que era proferida uma palestra pública.

E lá foi ele, cheio de altivez, convicto de possuir um grande trunfo para apanhar o “charlatão”… Mas para quem julgava ter uma armadilha infalível, quem teve um grande choque foi ele! Mal se tinha misturado com o público, Batuíra interrompeu a palestra e dirigiu-se-lhe dizendo: o senhor perdeu o seu tempo ao vir até cá. Era só encher outra vez a garrafa com a água daquela bica, que os Espíritos deitavam outra vez os remédios na água, para que a cura da sua mulher se concretize; faça só isso, mais nada.

Envergonhado, o fazendeiro apressou-se a sair dali, mas voltou no dia seguinte, e nunca mais se afastou dos trabalhos do Grupo.



Fonte: Páginas soltas do Verdade e Luz, (Batuíra) - Revista Espírita Verdade e Luz.

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