terça-feira, 31 de maio de 2011

O Caráter Sagrado da Palavra de Jesus

Para encerrarmos o nosso especial do mês de aniversário do Manancial de Luz, " A Boa Semente", uma belíssima mensagem de Emmanuel que reflexiona em torno da palavra imorredoura do Mestre Jesus.



“As palavras que eu vos disse são espírito e vida.” – Jesus (João, 6:63.)


Nunca é demasiado comentarmos a importância e o caráter sagrado da palavra. Em cada época e em todos os lugares, surgem no mundo grandes Espíritos que manejam a palavra que impressiona multidões. Não falamos apenas de discursos que, muitas vezes, enganaram e enganam indivíduos e até nações com promessas vãs, com teorias falsas que encontram identificações em mentes sintonizadas com essas ilusões, ou ainda discursos que prometem liberdade sem obrigações e, portanto, sem responsabilidades.

Não nos referimos apenas ao discurso falado, mas também à palavra escrita. Homens existiram e ainda existem que, através de seus pensamentos expressos em palavras, exaltam uma época, uma nação, ou ainda narram as experiências de um povo através de suas transformações sociais.

Cada um desses homens falou sempre para um tempo determinado, para um povo determinado, ou mesmo para alguns povos. Mas esse tempo passa e, na maioria das vezes, as palavras se perdem ou são deturpadas; os povos se renovam e as novas experiências que são vividas tornam as anteriores ultrapassadas. Para termos uma idéia desse processo de transformação, lembremos as mudanças tecnológicas que vivenciamos no passado e as de agora. As máquinas de um ano atrás já são obsoletas hoje. Assim, qualquer narrativa que exalte as descobertas de ontem servirá para sabermos como foi nosso passado, como tudo se iniciou, mas não serve para atender nossas necessidades de agora.

No entanto, as palavras de Jesus transcendem tudo que seja tempo ou espaço. Vão além de qualquer obra literária ou artística que exalte as belezas de uma época ou de um povo. Ultrapassam plataformas políticas ou verdades filosóficas, frutos sempre da mente humana e, portanto, imperfeitas. As palavras do Mestre dirigem-se a todas as criaturas da Terra, no momento exato, estejam elas neste ou naquele campo evolutivo.

Pelo caráter universal que elas possuem é que a Doutrina Espírita as reflete, porque são verdadeiras em qualquer lugar e em qualquer tempo. O Espiritismo não observa os ensinamentos de Jesus porque deseja uma reforma superficial como muitos movimentos religiosos o fazem, com vistas a simples mudanças exteriores. Ao Espiritismo não basta desmontar uma casa e, usando o mesmo material, modificar-lhe as disposições, dando-lhe nova fachada. A Doutrina propõe algo muito maior, mais profundo. Propõe-nos não somente desmontar a casa das nossas falsas crenças e medos, mas também trocar o material da construção e criar novas formas.

E de que maneira podemos fazer isso sem ficarmos ao relento, já que ainda necessitamos de apoios? Acreditamos poder responder levando a questão para dentro de nossa casa, no nosso trabalho doméstico ou profissional. Quando nos propomos a fazer faxina nos nossos armários ou nas nossas mesas, não podemos tirar tudo, de uma só vez, para depois tentar organizar, recolocando nos melhores lugares. Sabemos que o caos se instalaria.

O que fazemos, então? Limpamos um lugar de cada vez. Jogamos fora o que não nos interessa mais, reformamos outras que ainda poderão nos ser úteis, mas, principalmente, limpamos o lugar para que possa receber coisas novas que estavam guardadas, pois nossas gavetas estavam tão lotadas de coisas inúteis – seja por medo de jogar fora ou porque não nos havíamos percebido de sua inutilidade – que não havia lugar para mais nada.

Assim é com nossa mente, quando pensamos em renovação, em transformação. Estamos recebendo novos ensinamentos – princípios espíritas – que constituem um sistema renovador a nos indicar o caminho correto. É um roteiro de ação, de diretriz no aperfeiçoamento de cada um. Na verdade, o novo material de construção está chegando; são os novos objetos que irão a seu tempo para as gavetas. Só que, antes de usá-los, temos que limpar os espaços onde eles ficarão.

Quando recebemos os ensinamentos que Jesus nos oferece através do Espiritismo, na maioria das vezes, nos colocamos diante deles como se fosse um espetáculo de beleza: ou choramos, porque nutrimos apenas a fonte de nossa emotividade, ou nos penitenciamos, nos sentindo culpados diante de nossos próprios erros. Porém, é preciso ir além das lágrimas e das culpas. É imprescindível que aprendamos, diante dos ensinamentos do Divino Amigo, a pensar sobre eles, a nos purificar na prática deles, a nos reerguer, entendendo que somos todos aprendizes do Seu Evangelho; mas, sobretudo, que aprendamos a servir ao próximo, esteja ele dentro dos nossos lares, no trabalho, nos transportes coletivos, nas filas de espera. Isto não importa. O que importa é vivenciar os ensinamentos que Jesus nos deixou.

Quando temos sede ou fome, buscamos saná-las na fonte material. Quando adoecemos, buscamos a cura da moléstia através de remédios específicos. Assim também acontece com as necessidades da nossa alma, com os nossos desequilíbrios morais. Tanto a necessidade física quanto a espiritual não são diferentes em parte alguma e em tempo algum. Sempre existiram porque o Espírito é imortal.

A lição do Cristo para todos nós, quando diz que suas palavras são o espírito e a vida, isto é, a água e o pão da alma, é comparável à fonte que mata a sede e ao pão que alimenta o corpo. As palavras do Divino Amigo são o fator equilibrante de nossos desajustes morais e o medicamento para nossa alma ferida. Por isso Seus ensinos não se perdem no tempo nem no espaço. Em qualquer lugar, onde haja um coração aflito e uma mente em desarmonia, as lições de Jesus ali estarão. Como o pão, como a água e como o remédio, elas são fundamentais à vida.

Prestemos atenção, portanto, quando lidarmos com as palavras benditas que Ele nos deixou, seja em relação a nós próprios, seja em relação aos outros. Viciamos nossos corpos como viciamos nossas almas e, muitas vezes, fazemos isso com as pessoas que nos cercam. Quantos trocam a água pura pelas bebidas excitantes e quantos preferem lidar com a ilusão perniciosa em se tratando dos problemas espirituais. O alimento do coração, para ser efetivo na vida eterna, baseia-se na realidade simples e não nos deslumbramentos da fantasia que procede do exterior.

Cheio de abnegação e amor, Jesus sabe alimentar todos os homens. Fiquemos, pois com Ele.


Emmanuel

Do livro Palavras de Vida Eterna, Francisco Cândido Xavier – Edição CEC, 1995.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Música Espírita : Verbos - Tim e Vanessa

Uma visão poética e espiritual sobre a importância do uso da palavra é o que mostra a letra da canção "Verbos", da dupla espírita Tim e Vanessa, nesse vídeo que editei para o especial "A Boa Semente", do mês de aniversário do Manancial de Luz.


domingo, 29 de maio de 2011

Mensagem da Semana


Ouvir a Mensagem



Bilhete Amigo



Meu Irmão.

Ninguém espera te transformes num milionário ou num santo para que o bem te ilumine o coração e dirija os passos.

Sublime é a caridade que se transforma em reconforto.

Divina é a caridade que se converte em amor irradiante.

De sementes minúsculas, procedem as árvores gigantescas que sustentam a vida.

Evita falar de ti mesmo.

Cumpre o dever que te cabe, sem intromissão nas tarefas alheias.

Não provoques o elogio no desempenho de tuas obrigações.

Não te prendas a ninharias, quando o benefício geral te reclame a colaboração.

Perdoa sem alarde as ofensas.

Não te encarceres na indisciplina.

Aprende a ouvir com serenidade as palavras ingratas ou contundentes, para que a irritação não perturbe os outros, através de tuas energias descontroladas.

Esquece todo mal.

Procura, cada dia, uma nova oportunidade de ser útil.

Abstem-te das conversações maliciosas ou indignas.

Não partilhes o triste banquete da leviandade ou da calúnia.

Compadece-te dos ausentes e ajuda-os com o verbo cristão.

Escuta com calma quem te procura, trazendo inquietação ou veneno.

Nunca olvides que, se, muitas vezes, nos arrependemos de haver falado, ninguém padece remorso por haver preferido o silêncio.

Ora por quem te persegue ou não compreende.

Emite bons pensamentos para todos os que te cercam.

Não te furtes aos serviços humildes, quais sejam os do copo d’água, da palavra estimulante, do sorriso amigo, da limpeza gratuita, da gentileza anônima, da bondade prestimosa e desconhecida.

Da caridade divina, que exterioriza a claridade santificante do exemplo, pode participar todo irmão de ideal evangélico, ainda mesmo aquele que se declara absolutamente sem tempo e sem dinheiro para o exercício do bem.

Usa, cada hora, o gesto espontâneo da fraternidade imperceptível e os teus singelos depósitos, aparentemente insignificantes, capitalizarão, em teu benefício, um tesouro de glórias no Céu.


Emmanuel

Da obra "Nosso Livro", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Candido Xavier

sábado, 28 de maio de 2011

O Silêncio que Fala


O Valor do Silêncio



Por Vera Pinheiro


Nunca tiveste a sensação de que teu idioma nativo é javanês ou tadjique, porque a outra pessoa não entende absolutamente qualquer palavra do que dizes? Que és um desconhecido entre os que te cercam? Um extraterreno perdido num mundo que não te reconhece? E que, por mais que te expliques, não és compreendido? É possível que sim. Curioso é que avançam e se diversificam os meios de comunicação e as pessoas se distanciam umas das outras por terem perdido a capacidade de dialogar e de tentar, ao menos tentar, entender seus semelhantes. Faltam boa vontade, acolhimento e paciência. O que acontece? Serão os egos se digladiando em voz alta? Necessidade de se situar, de se impor, de afirmar-se perante o que é? Medo de perder posições ou de ser subjugado?

Quando a gente fala e fala e fala, mas não é ouvido, é melhor praticar o silêncio. Uma prova duríssima, aliás, porque queremos ser donos da verdade de razão e ter a última palavra. Gostamos de estar certos, e é extremamente difícil reconhecer que erramos, que temos de reconsiderar os atos e aceitar que somos passíveis de equívocos e interpretações precipitadas. Oh, que vaidade imensa nos invade a cada momento!

A que nos submetemos até o crescimento espiritual que nos faz calar diante do vozerio que deturpa o que dizemos, transforma nossa manifestação em discurso que não elaboramos e nos entrega uma agressividade inesperada… E que sacrifício impomos aos que estão ao redor quando não desenvolvemos a humildade, a serenidade e a percepção de que cada um tem seus motivos para agir e ser como é.

Temos dois ouvidos, dois olhos e uma boca. Não foi em vão a dotação divina, muito bem distribuída, dos sentidos humanos. Ouvir mais do que falar revela sabedoria. Mas quanto isso nos custa por sermos ainda tão pequenos no aprendizado rumo à totalidade do ser! Como é árduo não expressar o que gostaríamos e que, talvez, devesse ser escutado.

Porém, conforme o provérbio popular, “nada como um dia depois do outro e uma noite no meio”… O decurso do tempo, as experiências, os solavancos, desencantos e desencontros são valiosos instrumentos de ensino. É melhor calar do que se arrepender do que foi dito, e se as palavras se espalham com o vento, o silêncio evita a flecha que fere de morte o sentimento alheio. É necessário exercitar a benevolência com quem ainda não sabe tudo e, principalmente, admitir as nossas imperfeições a fim de manter a calma no caos.

Silenciar exige domínio das próprias emoções, o que é dificílimo, porque não desejamos contê-las ou não conseguimos refreá-las, treinados que fomos para erguer espadas, não para oferecer flores, nos defendendo de modo exagerado e inconveniente, não raro. É uma atitude de grandeza extremamente rigorosa, quase um gesto de bravura, porque contestar, revidar, confrontar, contrapor e refutar se tornaram obrigações diante da aparência de que o silêncio demonstra fraqueza, sucumbência, covardia. Mas não é! Não é mesmo! O valor do silêncio está na força de que ele se reveste. Não precisamos responder as provocações, contestar todas as ofensas, replicar tudo o que ouvimos.

Silenciar é se ouvir e se fortalecer. E abrir a boca só quando se tem certeza, como dizia Ofélia, uma personagem cômica. Mas certeza, afinal, quem pode dizer que tem? É mais sábio silenciar do que esbravejar. Em algumas circunstâncias nada é mais constrangedor do que o silêncio. Às vezes, ele é a única resposta, e a mais lancinante.

Silenciar, porém, não é simplesmente fechar a boca e recusar-se a conversar. É entrar em contato consigo e se avaliar. É apaziguar o coração, acalmar as emoções, revisar a conduta, conectar-se profundamente com o Eu divino que habita em todos nós. É aquietar a mente e conter o impulso de proferir o que possa machucar outrem e nos causar arrependimento mais tarde. É introspecção, centramento e liberdade de voar no íntimo para buscar soluções que nem sempre as palavras oferecem. É amadurecer e ampliar o entendimento que o grito não deixa alcançar. É aguçar os outros sentidos e fazer uma boa conversa conosco para reaprendermos o diálogo com os demais.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Gotas de Luz


Lei de Justiça, Amor e Caridade


Caridade e Amor ao Próximo


Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições alheias, perdão das ofensas.

A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, mas abrange todas as relações com os nossos semelhantes, quer se trate de nossos inferiores, iguais ou superiores.

Ser indulgentes, porque temos a necessidade de indulgência.

O homem verdadeiramente bom procura elevar o inferior aos seus próprios olhos, diminuindo a distância entre ambos.

Amar aos inimigos é perdoá-los e pagar-lhes o mal com o bem.

Não é a esmola que é censurável, mas quase sempre a maneira por que ela é dada.

O homem de bem, que compreende a caridade segundo Jesus, vai ao encontro do desgraçado sem esperar que ele lhe estenda a mão.

A verdadeira caridade é sempre boa e benevolente; tanto está no ato quanto na maneira de fazê-la. Um serviço prestado com delicadeza tem duplo valor, se o for com altivez, a necessidade pode fazê-lo aceito mas o coração mal será tocado.

A ostentação apaga aos olhos de Deus o mérito do benefício.

Amai-vos uns aos outros, eis toda a lei, divina lei pela qual Deus governa os mundos.

Não olvideis jamais que o Espírito, qualquer que seja o seu grau de adiantamento, sua situação como reencarnado ou na erraticidade, está sempre colocado entre um superior que o guia e aperfeiçoa e um inferior perante o qual tem deveres iguais a cumprir.

Sede caridosos, não somente dessa caridade que vos leva a tirar do bolso o óbolo que friamente atirais ao que ousa pedir-vos, mas ide ao encontro das misérias ocultas. Sede indulgentes para com os erros dos vossos semelhantes.

Em lugar de desprezar a ignorância e o vício, instruí-os e moralizai-os.

É da boa educação moral que depende o melhoramento da Terra.


Fonte: CVDEE

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Uma Boa Palavra


No teu relacionamento diário com as pessoas, não te esqueças de endereçar-lhes sempre uma boa palavra.

A palavra de esperança é uma luz que se acende no caminho dos companheiros que se revelam vacilantes na luta.

A palavra de coragem é um apoio para os que necessitam seguir adiante no desempenho das próprias obrigações.

A palavra de compreensão, não raro, é mais eficaz que o medicamento prescrito pela medicina convencional aos que se queixam de amargura e desalento.

A palavra de incentivo aos que se dedicam às obras, pode ser comparada a preciosa alavanca que guarda consigo o poder de remover as pedras de tropeço.

Não olvides, assim, os prodígios de amor que podes realizar através de uma boa palavra e promova, desde agora, rigorosa triagem nos assuntos ventilados por teu verbo.

Falando, construirás a felicidade ou, ainda falando, arrasarás com os ideais de muita gente.

Fala como se trouxesses Jesus no entendimento e no coração e a tua palavra, em todas as ocasiões, brilhará em teus lábios à feição de uma estrela engastada no céu de tua boca.


Irmão José

Do livro "Brilhe a Vossa luz", de Carlos A. Baccelli e Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Boas Notícias

Destaques para notícias positivas divulgadas em sites durante esse mês de maio:


Cultura de Paz

Vencedores do Prêmio Gandhi 2011 serão revelados dia 30, em festa na FIEC


















A Comissão Julgadora do Prêmio Gandhi de Comunicação 2011 volta a se reunir nesta semana para a decisão final do concurso da Agência da Boa Notícia. Dos 73 trabalhos concorrentes em nove categorias, o maior número é na categoria estudante/Publicidade: 18 inscritos. Em seguida, aparece Profissional/Jornalismo Impresso (jornal e revista), com 12. Na terceira colocação, aparecem empatadas, com nove inscrições cada, as categorias Profissional/TV; Profissional/Publicidade e Estudante/Mídia Eletrônica (rádio e tv); com sete inscritos em cada, as categorias Estudante/Trabalho de Conclusão de Curso(TCC) e Estudante/Mídia Impressa (jornal e revista) também ficaram no empate. Duas reportagens concorrem na categoria Profissional/Rádio e não houve inscrições para a categoria Fotojornalismo (foto ou ensaio).

A solenidade de entrega do Prêmio acontece na próxima segunda-feira (30) no Auditório da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), quando a ABN realiza, a partir das 18h30, o Fórum Comunicação e Paz na Natureza. Como palestrante, foi convidada a professora Ilza Girard, referência em Jornalismo Ambiental no Brasil e introdutora da disciplina na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Esse encontro anual da ABN é aberto ao público e estudantes poderão requerer certificado de presença.

Com a promoção do Prêmio Gandhi de Comunicação, a Agência da Boa Notícia objetiva reconhecer o trabalho de estudantes e profissionais de Comunicação autores material jornalístico, publicitário e acadêmico com foco em projetos, ações, exemplos que promovam a Cultura de Paz em nossa sociedade.

Os autores dos melhores trabalhos nas nove categorias dividirão R$ 35 mil em prêmios da seguinte forma:

Profissionais - Reportagem de jornal ou revista: R$ 5 mil; Reportagem para televisão: R$ 5 mil; Reportagem para rádio: R$ 5 mil; Fotojornalismo (foto ou ensaio): R$ 5 mil; Campanha ou peça publicitária: R$ 5 mil;

Estudantes - Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Graduação em Comunicação Social (Jornalismo e Publicidade e Propaganda), já defendido e aprovado por banca da Instituição de Ensino Superior, relativo aos períodos letivos de 2010.1 e 2010.2: R$ 2,5 mil; Trabalho em mídia impressa de estudante de Jornalismo, divulgado em jornais ou revistas-laboratório, de circulação no âmbito da IES: R$ 2,5 mil; Trabalho em mídia eletrônica (rádio ou TV) de estudante de Jornalismo divulgado em veículos-laboratório, exibido no âmbito da IES: R$ 2,5 mil; e Trabalho de estudante de Publicidade & Propaganda, também divulgado no âmbito da IES: R$ 2,5 mil.

O Prêmio Gandhi de Comunicação 2011 conta com o patrocínio do Banco do Nordeste, Servis, Assembléia Legislativa do Ceará, Fundação Beto Studart, Corpvs, Estação da Luz, Sebrae-Ceará, Betânia, Unimed-Fortaleza, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

Como apoiadores do Prêmio Gandhi de Comunicação 2011 estão as seguintes empresas e entidades: Igenio, Associação Cearense de Imprensa (ACI) Universidade Federal do Ceará, Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce), Sindicato das Agências de Propaganda do Estado do Ceará (Sinapro-CE), Associação Cearense das Empresas de Rádio e Televisão do Ceará (ACERT), UNICEF, Unipaz-Ceará e os jornais O Estado, O Povo e Diário do Nordeste.

Agência da Boa Notícia
24/05/2011 - (fone: 85 3224 5509) - Jornalista Responsável: Carmina Dias 00629JP



Meio Ambiente

América Latina tem maior biodiversidade preservada do mundo


A América Latina e o Caribe concentram a maior extensão no mundo de florestas dedicadas à conservação da biodiversidade, com 26% dos 366 milhões de hectares destinados a esta função em nível global, informou nesta terça-feira a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Por ocasião do Dia Mundial da Biodiversidade, promovido em 22 de maio, a FAO destacou nesta terça-feira que a América do Sul, a América Central, o México e o Caribe acolhem mais de 97 milhões de hectares cuja principal função é conservar a diversidade biológica.

"Bilhões de pessoas dependem das florestas, e cada um dos habitantes do planeta se beneficia delas", informou em comunicado o oficial encarregado do Escritório Regional da FAO para a América Latina e o Caribe, Alan Bojanic.

"A biodiversidade das florestas é fonte de alimentos e remédios e dezenas de produtos madeireiros e não madeireiros", afirmou Bojanic. A organização destacou que as florestas representam "um dos depósitos mais importantes de diversidade biológica terrestre" e cumprem, além disso, um importante papel na retenção de carbono e na redução das emissões de gases do efeito estufa.

"A perda da diversidade florestal implica menores oportunidades de obter remédios, alimentos, matérias-primas e empregos. Em uma palavra: bem-estar", resumiu Bojanic. Segundo dados da FAO, a área florestal dedicada à conservação da biodiversidade aumentou em mais de 95 milhões de hectares desde 1990 em nível mundial. Na América Latina e no Caribe, a superfície desse tipo de área cresceu em 3 milhões de hectares anuais desde 2000.

No total, a região possui cerca de 50% das florestas primárias do mundo, as maiores no ponto de vista da biodiversidade e da conservação, as quais cobrem mais de 663 milhões de hectares.


Fonte: Terra Notícias 24/05/2011



Ganhadores do Nobel pedem ações urgentes a favor do planeta

18 Mai 2011 (AFP) -Vinte ganhadores do prêmio Nobel se reuniram nesta quarta-feira, em um apelo aos dirigentes mundiais, para que atuem urgentemente pelo futuro do planeta, em recomendações feitas a um comitê especial da ONU.

No "memorando de Estocolmo", que redigiram com especialistas em clima, os premiados concluem que a Terra entrou em uma nova era desde as atividades industriais, "o Antropoceno", influenciada pelas ações humanas.

O informe "recomenda uma série de ações urgentes e de grande alcance para que os dirigentes e as sociedades sejam servidores mais ativos do planeta em benefício das gerações futuras", segundo o texto do memorando.

Os vencedores do Nobel de Química, Mario Molina e Paul Crutzen, inventor do conceito de antropoceno; o premiado de Economia Amartya Sen, e a Nobel de Literatura Nadine Gordimer são alguns dos envolvidos no desenvolvimento do memorando.

O texto foi assinado na Academia de Ciências de Estocolmo, onde se atribui a maioria dos prêmios Nobel.

Ele então foi entregue à presidente finlandesa, Tarja Halonen, que co-dirige uma comissão da ONU sobre o desenvolvimento sustentável tendo em vista a reunião climática das Nações Unidas no Rio de Janeiro em 2012.

Além do objetivo de manter o aquecimento global abaixo de dois graus Celsius, o documento destaca que "o meio ambiente sustentável é uma pré-condição para a erradicação da pobreza, desenvolvimento econômico e justiça social".

Uma das dificuldades dos acordos internacionais sobre o clima é a divergência de interesses entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Estes últimos afirmam que o crescimento rápido não pode ser condenado pelos esforços ambientais.

O memorando defende também uma "revolução agrícola", mais ecológica, para alimentar a população humana do planeta, que em breve chegará aos 9 bilhões.

Na terça-feira, os premiados do Nobel organizaram um processo da espécie humana, acusada de destruir o planeta.


Fonte: Terra Notícias, 18/05/2011


Ciência

Estudo descobre célula-tronco pulmonar que regenera o órgão


Pesquisadores americanos descobriram células-tronco pulmonares que têm um papel crucial na regeneração dos tecidos do pulmão, revela nesta quarta-feira a última edição do New England Journal of Medicine. Segundo o Dr. Piero Anversa, principal autor do estudo e diretor do Centro de Medicina Regenerativa do Hospital Brigham and Women, em Boston (Massachusetts), a pesquisa revelou pela primeira vez uma célula-tronco pulmonar que tem potencial de oferecer aos que sofrem de enfermidades crônicas do pulmão uma opção de tratamento totalmente nova, regenerando e reparando as partes danificadas.

"Estas células pulmonares são capazes de regenerar-se e de formar estruturas biológicas múltiplas do pulmão, como brônquios, alvéolos e vasos", explicou o médico. Segundo Joseph Loscalzo, médico do hospital Brigham and Women e co-autor do estudo, estas são as primeiras etapas essenciais para se desenvolver tratamentos clínicos para quem sofre de doenças pulmonares contra as quais não existe nenhum tratamento".

O trabalho, financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, destaca que estudos prévios já mostravam que os cientistas eram capazes de criar células usando células-tronco embrionárias, mas essa célula-tronco foi isolada usando amostras cirúrgicas do tecido de um pulmão adulto.

De acordo com Loscalzo, "é preciso fazer pesquisas mais avançadas, mas estamos empolgados com o impacto que essa descoberta pode ter em nossa capacidade de tratamento". Terapias celulares em doenças pulmonares têm sido estudadas há tempos porque o pulmão é um órgão extremamente complexo, com uma grande variedade de tipos de células que podem ser renovadas em diferentes níveis. Doenças pulmonares são a terceira maior causa de mortes nos Estados Unidos, após ataques do coração e câncer, de acordo com o NIH.

Terra Notícias, 11/05/2011

terça-feira, 24 de maio de 2011

Imagem e Mensagem: A Força da Palavra - Lauro Kisielewicz

Um vídeo reflexivo, com belas imagens naturais e legendas da mensagem "A Força da Palavra", de Lauro Kisielewicz, incluindo narração na voz de André Luiz Ruiz.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Extra (Solidariedade): Doe Palavras


A Tua Palavra é Importante


Caríssimo leitor,

No ritmo célere de nossa vida, quantas vezes temos o desejo de reservar um momento para nos dedicarmos ao próximo e por razões diversas ou "adversas" acabamos por adiarmos o nosso intento?

Quantas vezes nos vem aquela intuição de que alguém, em algum lugar, naquele momento precisa de um afago, uma palavra amiga que lhe renove a esperança, ou mesmo de uma mão que a ampare e essa luz se perde esquecida no turbilhão das nossas atribulações?

A falta de tempo é sempre o motivo de nos desculparmos quando deixamos de lado os nossos mais nobilitantes ideais no bem e ficamos quase sempre a nos acomodar. Esquecemos contudo, que a modernidade nos proporciona poderosas ferramentas, como a internet, capazes de encurtar distâncias e quebrar barreiras que facilitam significantemente a vida de quem se dispõe a esse desiderato.

Sabemos que nada substitui o calor humano do contato pessoal com aquele irmão que necessita da gente, especialmente daqueles que estão enfermos, mas, diante das nossas "desculpáveis (?)" impossibilidades encontramos iniciativas felizes, como é o caso do portal "Doe Palavras", onde podemos fazer uso da nossa "Boa semente" que é a palavra, para transmitir positividade e alento, em tempo real, aos pacientes com câncer de alguns hospitais em Belo Horizonte (MG). O site já dispões de sistema de credenciamento de hospitais em todo o planeta que estejam interessados em oferecer essa ferramenta aos seus pacientes.

A nós, só nos basta acessarmos o portal, preenchermos o campo de mensagem com o nome e a nossa localidade e enviarmos as nossas palavras de força que serão transmitidas em telões, telas de computadores ou TVs aos pacientes dos hospitais credenciados.

E agora?, que tempo temos a perder?

Clique aqui para acessar<<


Imagem do Portal


domingo, 22 de maio de 2011

Mensagem da Semana


Ouvir a mensagem
*Voz de Divaldo Franco


A Palavra



Poderoso veículo de comunicação, a palavra é instrumento que poucos utilizam como deveriam.

A boa palavra ergue e consola, ensina e corrige, ampara e salva.

A má palavra envenena e mata, enlouquece e fulmina, desequilibra e arma de ódio.

Muitos falam sem pensar, gerando antipatias e fomentando crimes. Outros pensam sem falar e perdem as oportunidades edificantes de sustentar o ideal do bem e da vida.

Falar por falar expressa desequilíbrio, tanto quanto calar, sempre, denota doentia introspecção.

Dispões desse abençoado instrumento para preservar a vida e enriquecê-la de bênçãos, que é a palavra. Usa o verbo com sabedoria, ensinando, ajudando e impulsionando as pessoas ao avanço, ao progresso.

Articula a palavra sem gritaria nem desconcerto emocional, de modo que se te faça agradável, inspirando os que te ouvem e gerando simpatia em teu favor.

A arte de falar é conquista que todos devem lograr.

Não a esgrimas com teu verbo, nem a sepultes no mutismo da alienação.

Fala sobre o bem, o amor e a esperança, propondo a alegria entre as criaturas e ensinando-as a adquirir segurança pessoal no processo da evolução.


Joanna de Ângelis

Do livro Episódios Diários, Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.

sábado, 21 de maio de 2011

A Palavra Iluminada - Miramez

Mensagem em aúdio do livro Horizontes da Fala, ditado pelo Espírito Miramez e psicografado pelo médium João Nunes Maia:



sexta-feira, 20 de maio de 2011

A Palavra Escrita e a Mídia Eletrônica


“O que ensina, esmere-se em fazê-lo.” (Paulo, Romanos, 12:27.)


A palavra escrita nasceu com o povo fenício, constituído por exímios navegadores, que levavam navios abarrotados de mercadorias para terras distantes. Para os trâmites burocráticos desse intenso comércio, foram criados alguns símbolos gráficos cuja maturação resultou no alfabeto que conhecemos.

Portanto, conforme podemos entender com as elucubrações do Benfeitor Espiritual Camilo: (1)

“(...) nos tempos atuais, embora os inconvenientes provocados pelos que sofrem de incontinência verbal, que falam sem travas, vemos que a palavra escrita tem se mantido, desde as eras imemoriais, como uma documentação grandiosa que vem mostrando, através de descrições empolgantes, ou lamentáveis, toda a saga da humanidade, desde quando o ser humano passou a utilizar-se da escrita”.

Nas escritas cuneiformes dos medos, dos persas e dos assírios; nos ideogramas chineses e japoneses; nas ideografias que se espalharam mundo afora, até os alfabetos mais elaborados, encontrados no seio de miríades de povos, temos achado verdadeiras riquezas que dão conta das sociedades planetárias, indicando, assim, a importância do texto escrito para o estabelecimento da cultura, do saber.

Nada obstante a espantosa revolução digital, em efervescência nos dias atuais, apesar dos revestimentos inovadores que as mídias utilizam, mesmo diante do bulício sobre os inesgotáveis recursos das novas tecnologias, como o DVD, como a realidade virtual e os endereços eletrônicos dos infonautas, a palavra escrita prossegue firme e forte, sem que tenha sido deslocada da sua proeminente posição de destaque na vida de todos.

Embora uma quantidade extraordinária de bytes e de gigabytes, que enchem o chamado “espaço cibernético”, e a aluvião de mensagens transmitidas por correio eletrônico alcancem números nunca vistos antes, a realidade é que a palavra escrita tem garantido seu espaço, afirmando-se como matéria-prima de todo esse surto de progresso na esfera das comunicações.

É verdade que o texto computadorizado enseja outra mobilidade a quem dele se utiliza. Basta que se acione uma tecla para que determinado conteúdo desapareça diante dos olhos abismados do usuário. O que antes dependia só de papel e de estro, hoje bastam os feixes de elétrons e sua velocidade vertiginosa para que se obtenha materializado na tela um curto ou amplo texto escrito.

Diante desses tempos de revoluções tecnológicas perturbadoras, com o incremento da informática, pensamos que há pouco tempo a Humanidade acabou de sair da perplexidade que representou para o mundo, no bojo do século XVI, a prensa de tipos móveis de Gutenberg. Os primeiros livros deixaram de ser copiados à mão, demoradamente, para serem multiplicados à vontade pelas máquinas mágicas, então, elas sim, revolucionárias.

Nos tempos que correm, agora, tem-se a sensação de que o progresso voeja no rastro das naves espaciais ou na inabordável freqüência do pensamento humano.

A palavra escrita, o texto, estará sempre nos invitando a procurar complementá-la com as imagens variadas que a sua leitura nos permite, enriquecendo a criatividade da mente, apesar de todo o progresso e aperfeiçoamento tecnológico.

É, pois, através da palavra escrita que encontraremos a ponte mais curta ligando o nosso mundo interno, a nossa mente, ao mundo que nos cerca, o mundo de fora.

Portanto, os incumbidos pelo avanço intelectual, que instruam as massas nas ciências, nas profissões, no entendimento dos textos lidos, a fim de que aprendam a falar com segurança, a se expressar com correção e elegância, pois que se pode identificar o progresso espiritual de um povo através do seu falar.

Ivan de Albuquerque aduz (2) poeticamente:

"O amor de quem ensina é, na verdade,

As bases da humana felicidade,

A força que impulsiona o pensamento.

Salvar da ignorância é caridade,

Libertando do rude embotamento”.



Bibliografia:

(1) TEIXEIRA, J. Raul. Nos passos da Vida terrestre. Niterói: FRÁTER, 2005, pp. 141-142.
(2) TEIXEIRA, J. Raul. Caminhos para o amor e a paz. Niterói: FRÁTER, 2005, p.162.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O Poder do Pensamento


A Fábrica de Pensamentos


Era uma vez, uma linda fábrica chamada mente que produzia pensamentos. Esses pensamentos eram neutros – nem bons nem ruins. Para produzir esses pensamentos ela ia buscar a matéria prima no fornecedor chamado coração.

O coração lhe fornecia os insumos básicos chamados sentimentos. Na fábrica cada pensamento produzido era mergulhado num sentimento escolhido e assim ficava pronto o produto final: um pensamento revestido de sentimento.

A matéria prima sentimentos era encontrada de dois tipos: densa ou sutil. Na densa encontramos uma grande variedade em forma de mágoa, culpa, intolerância, ressentimento, ciúme, crítica, orgulho, ansiedade, medo, exagero, vingança, agressividade, compulsão, gula, raiva, ódio, preconceito, egoísmo, desonestidade, ilusão, solidão, rigidez, insegurança, mentira, pressa repressão, tristeza, vício, vaidade, impaciência, depressão, etc...

Na sutil também tinha uma enorme variedade de sentimentos: humildade, perdão, coragem, amor, compaixão, honestidade, compreensão, solitude, paz, justiça, paciência, tolerância, segurança, sinceridade, desapego, calma, tranqüilidade, alegria, serenidade, confiança, esperança, etc...

Esse produto final era enviado ao mercado chamado meio ambiente para que as pessoas pudessem escolher, por sintonia, e levá-los consigo, passando a vibrar na mesma freqüência vibratória do produto escolhido; ou então, o produto final era enviado diretamente ao cliente, que só recebia se tivesse sintonia, ou seja, se vibrasse na mesma freqüência do produto pensamento lhe enviado.

Uma parte, do que a fábrica produzia, não podia ser reciclada, e era lançada ao rio chamado corpo físico. A depender do tipo de matéria prima utilizada – sentimentos densos ou sentimentos sutis – o rio ficava ou não poluído.

O rio corpo físico ficava poluído, sempre que recebia material dos produtos feitos com a matéria prima dos sentimentos densos.

O processo de limpeza do rio corpo era chamado de doença. Esta expurgava do corpo todo o material denso que a fábrica tinha lhe lançado. Quanto mais matéria prima de sentimento denso era utilizada na produção do produto pensamento, mais poluído o rio ficava e mais grave era a doença como processo de limpeza do rio corpo.

Após o processo de doença o rio corpo voltava a respirar tranqüilo, sereno, alegre e feliz.

O rio corpo físico permanecia saudável e radiante, sempre que a fábrica produzia pensamentos recheados de sentimentos sutis.


Autor desconhecido

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Convite à Palavra


"...Porque a sua boca fala o de que está cheio o coração." (Lucas:6-45)


Instrumento valioso é a palavra, doação divina, para o elevado ministério do intercâmbio entre os homens.

Resultado de notáveis experiências, o homem nem sempre a utiliza devidamente, dominado pela leviandade.

Embora o ser humano, com raras exceções expiatórias, seja dotado de recurso vocálico, somente poucos dele se servem com a necessária sabedoria, de modo a construir esperanças, balsamizar dores e traçar rotas de segurança.

Fala-se muito por falar, "matar-se o tempo."

A palavra não poucas vezes, se converte em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência, em bisturi da revolta e golpeia às cegas ao império das torpes paixões.

No entanto, pode modificar estruturas morais, partindo dos ensaios da tolerância às materializações do amor.

Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos, equacionam incógnitas, resolvem dificuldades.

Falando e lutando insistentemente, Demóstenes tornou-se o insigne orador e construtor de conceitos lapidares dos tempos antigos, vencendo a gagueira, qual Webster ante a timidez, nos tempos hodiernos, na América do Norte...

Falando, heróis e santos reformularam os alicerces da idiossincrasia ancestral, colocando alicerces para a Era Melhor.

Falando, não há muito, Hitler hipnotizou multidões enceguecidas que se atiraram sobre as Nações inermes, transformando-as em ruínas por onde passavam as sombras dos sofrimentos humanos...

Guerras e planos de paz sofrem a poderosa força da palavra.

De tal forma é importante, que os modernos governantes do Mundo, envidando esforços titânicos, modificaram as bases da Diplomacia Universal, visitando-se reciprocamente para conversar.

A palavra, todavia, deve partir das fontes do pensamento laurizado pelo Evangelho.

Há quem pronuncie palavras doces, com lábios tisnados de fel; há quem sorria embora chorando; há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio... Mas esses são enfermos em demorado processo de reajuste.

Desculpa a fragilidade alheia, lembrando-te das próprias fraquezas.

Evita censura.

A maledicência começa na palavra do reproche inoportuno.

Se desejas educar, reparar erros, não os aborde estando o responsável ausente.

Toda palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo que culmina por envilecer o caráter de quem com isso se compraz.

Enriquece o coração de amor e banha o cérebro com as luzes da misericórdia divina e da sabedoria, a fim de que fales, e fales muito "o de que está cheio o coração."


Joanna de Ângelis

Do livro "Convites da Vida", de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.

terça-feira, 17 de maio de 2011

A Arte de Bem Falar


Por Marcos Paulo de Oliveira Santos


A arte de bem falar constitui uma tarefa difícil no mundo contemporâneo. Isto porque não aprendemos a aparar as nossas arestas e ter atitudes positivas ante as adversidades. Ou revidamos de forma áspera, adentrando em verdadeiras pancadarias verbais; ou silenciamos, sem olvidarmos a ofensa proferida pelo irmão exasperado e, conseqüentemente, carregamos lixo no coração.

As hecatombes sociais originam-se muitas vezes da palavra mal empregada, fruto de interesses menos nobres.

“Poucas vezes a língua do homem há consolado e edificado os seus irmãos; reconheçamos, porém, que a sua disposição é sempre ativa para excitar, disputar, deprimir, enxovalhar, acusar e ferir desapiedadamente.” (Emmanuel - Pão Nosso)

A queda de muitas instituições espíritas tem origem no verbo mal utilizado, nas cizânias, nas maledicências, nos jogos de interesses por funções dentro do Centro Espírita, entre outras. Por causa da língua mal empregada pelo ser humano todo um trabalho planejado carinhosamente pelos espíritos nobres cai por terra. É por isso que Cornélio, mentor espiritual de André Luiz no livro Obreiros da Vida Eterna, esclarece:

“É lamentável se dê tão escassa atenção na Crosta da Terra, ao poder do verbo, atualmente tão desmoralizado entre os homens. Nas mais respeitáveis instituições do mundo carnal, segundo informes fidedignos das autoridades que nos regem, a metade do tempo é despendida inutilmente, através de conversações ociosas e inoportunas. Isso, referindo-nos somente às mais respeitáveis. Não se precatam nossos irmãos em Humanidade de que o verbo está criando imagens vivas, que se desenvolvem no terreno mental a que são projetadas, produzindo conseqüências boas ou más, segundo a sua origem. Essas formas naturalmente vivem e proliferam e, considerando-se a inferioridade dos desejos e aspirações das criaturas humanas, semelhantes criações temporárias não se destinam senão a serviços destruidores, através de atritos formidáveis, se bem que invisíveis. (...) Toda conversação prepara acontecimentos de conformidade com a sua natureza.”

Nada sobrevive às verbalizações fúteis: Centros espíritas, obras sociais, governos, até mesmo o cadinho doméstico, a célula básica do tecido social. Não era por outra razão que Jesus, o sublime amigo, alertava-nos sobre o uso do verbo. Disse Ele: “Eu, porém, vos digo que quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenado no juízo; que aquele que disser a seu irmão: Raca, merecerá condenado pelo conselho; e que aquele que lhe disser: És louco, merecerá condenado ao fogo do inferno.” (S. Mateus, VV. 21 e 22)

Segundo a lúcida interpretação de Evangelho Segundo o Espiritismo:

“Raca, entre os hebreus, era um termo desdenhoso que significava - homem que não vale nada, e se pronunciava cuspindo e virando para o lado a cabeça. Vai mesmo mais longe, pois que ameaça com o fogo do inferno aquele que disser a seu irmão: És louco.

Evidente se torna que aqui, como em todas as circunstâncias, a intenção agrava ou atenua a falta; mas, em que pode uma simples palavra revestir-se de tanta gravidade que mereça tão severa reprovação? É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei do amor e da caridade que deve presidir às relações entre os homens e manter entre eles a concórdia e a união; é que constitui um golpe desferido na benevolência recíproca e na fraternidade; é que entretém o ódio e a animosidade; é, enfim, que, depois da humildade para com Deus, a caridade para com o próximo é a lei primeira de todo cristão.”

Deste modo, é imprescindível que tenhamos ponderação nas nossas expressões verbais. Porque toda palavra que proferimos é a priori mentalizada, construída pelo seu autor e, quando lançada, vai carregada de um teor vibratório peculiar. Se positiva, a palavra é capaz de acalmar, reerguer, animar, encorajar, construir... Mas, se negativa, carrega também em seu bojo os fluidos deletérios.

Falar é uma arte. Uma arte que exige muito de todos nós. Uma arte que tem por fim único: o amor.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Pensamentos Nobres

Frases espirituais extraídas de obras psicográficas e que refletem em torno do uso da palavra:



“Seja tua palavra de gentileza e de esperança em qualquer situação. Entretece comentários respeitosos e educa os que comportem as palavras, gerando otimismo e fraternidade a todo momento.” (Joanna de Ângelis)


"Nenhum gesto de bondade e nenhuma palavra de amor se perdem na construção do Reino do Bem Eterno." (Meimei)


"Adquire com os próprios olhos a seleção do bem, assegurando a alegria daqueles que te cercam. Agradece, pois, a Deus, tua vida, teu corpo, teu ser eterno que marcha vertiginosamente para Ele. Ajude conversando. Uma boa palavra auxilia sempre." (André Luiz)


"Através daquilo que falas, e como falas, está fornecendo aos outros as linhas do teu próprio retrato." (Batuíra)


"A palavra amiga e boa, quando a mágoa nos subleva, recorda a lâmpada acesa, vencendo o poder da treva." (Silveira Carvalho)


"A palavra é porta de entrada para as suas realizações. A palavra, por mais bela, sem construção que lhe corresponda, será sempre um sonho mumificado em tábuas de geometria." (Albino Teixeira)


"A voz é a revelação do temperamento de cada um. Abre as portas do espírito à luz do amor para que o amor te auxilie a entender a linguagem da vida." (Joanna de Ângelis)


"Ante o irmão irritadiço, cujo verbo desagrade, cala-te e espera lembrando que o silêncio é caridade." (Meimei)


"De tudo quanto ouças e vejas, fales ou faças, prevalece tão somente o amor que puseres nas próprias manifestações. De uma mesma boca não devem proceder a bênção e a maldição." (Tiago, do livro: A Carta de Tiago para os Cristãos de todos os tempos).


"Deixe que Ele, o Mestre, se revele por sua palavra e por suas mãos. Não impeça a divina presença, através de seu passo, no amparo às humanas dores." (André Luiz)


"Ilumina de amor tudo quanto disseres. Quem te roga a palavra requer a bênção de Deus." (Emmanuel)


"Não é vantagem desaprovar onde todos desaprovaram. Ampare o seu irmão com a boa palavra." (André Luiz)


"Indiscutivelmente, o verbo é luz da vida, de que o próprio Jesus se valeu para legar-nos o Evangelho Renovador." (Emmanuel)


"Nunca somos tão pobres de bens materiais e espirituais que não possamos doar alguma coisa ao companheiro necessitado, seja o pão ou a palavra de consolo e solidariedade." (Manoel P. de Miranda)


"Não critiques. A lâmina de nossa reprovação volta-se, invariavelmente, contra nós, expondo-nos as próprias deficiências." (André Luiz)


"Ouve os que te busquem a presença ou a palavra, com bondade e simpatia." (Meimei)


"Pense no contentamento quando alguém lhe endereça palavras de afeto e simpatia, e faça o mesmo para com os outros. Pense nos outros, não em termos de angelitude ou perversidade, mas na condição de seres humanos com necessidades e sonhos, problemas e lutas semelhantes aos seus. Pensemos em nossa glória quando formos, irmãos meus, Como lâmpadas do Cristo na usina do amor de Deus." (Casimiro Cunha)


"Quando a conversa se faça excessivamente acalorada, silencia alguns momentos e pensa um tanto mais. Quem pára de discutir começa a compreender." (Emmanuel)


"Quando a irritação te ameaçar, tanto quanto puderes, deixa a conversa para depois." (André Luiz)


"Quando cada um de nós transformar-se em livro atuante e vivo de lições para quantos nos observam o exemplo, as fronteiras da interpretação religiosa cederão lugar à nova era de fraternidade e paz que estamos esperando." (Emmanuel)


"Quando haja de reclamar isso ou aquilo, espere que as emoções se mostrem pacificadas: um grito de cólera, muitas vezes, tem a força de um punhal. Quando o amigo o ofende amargamente, perdoe sem se magoar demais; muitas vezes a ofensa é uma simples irritação dos nervos gastos nas tarefas cotidianas." (Meimei)


"Quem aprende a ouvir com atenção, aprende a falar com proveito. Quem colhe o prêmio da paz na mais alta recompensa é a pessoa que se cala quando recebe uma ofensa." (Emmanuel)


"Reflete nas necessidades de teu irmão, antes de lhe apreciares o gesto impensado. Em muitas ocasiões, a agressividade com que te fere é apenas angústia e a palavra ríspida com que te retribui o carinho é tão-somente a chaga do coração envenenando-lhe a boca." (Meimei)


"Sempre que chamados à crítica, respeitemos o esforço nobre dos semelhantes. Para construir, são necessários amor e trabalho, estudo e competência, compreensão e serenidade, disciplina e devotamento. Para destruir, porém, basta, ás vezes, uma só palavra." (André Luiz)


"Todos podemos oferecer consolação, entusiasmo, gentileza, encorajamento." (Emmanuel)

domingo, 15 de maio de 2011

Mensagem da Semana


Ouvir a Mensagem


Fala em Paz



Justo lembrar: a voz humana está carregada de vibrações.

Esforça-te por evitar os gritos intempestivos e inoportunos.

Uma exclamação tonitruante equivale a uma pedrada mental.

Se alguém te dirige a palavra em tom muito alto, faze-lhe o obséquio de responder em tom mais baixo.

Os nervos dos outros são iguais aos teus: desequilibram-se facilmente.

Discussão sem proveito é desperdício de forças.

Não te digas sofrendo esgotamento e fadiga para poder lançar frases tempestuosas e ofensivas; aqueles que se encontram realmente cansados procuram repouso e silêncio.

Se te sentes à beira da irritação, estás doente e o doente exige remédio.

Barulho verbal apenas complica.

Pensa nisso: a tua voz é o teu retrato sonoro.


Emmanuel

Do livro Calma, psicografia de Francisco Cândido Xavier

sábado, 14 de maio de 2011

Quando as Palavras Calam, os Gestos Falam



Por Letícia Thompson

Vivemos às vezes situações em que as palavras parecem desaparecer do nosso vocabulário. Elas ficam todas emboladas no nosso estômago, sobem até a garganta e não sabemos, não temos idéia de como colocá-las para fora. São muitas vezes quando nossos amigos mais precisam de nós. E, justamente, é aí que encontramos essa barreira. Não sabemos o que dizer, não temos explicação aceitável para o sofrimento, temos medo de falar algo que não devemos e nos quietamos.

Achamos com facilidade palavras, repetidas e gastas mesmo na maioria das vezes, para expressar nossa alegria, nosso desejo de felicidade ao outro e não nos importamos se alguém já disse ou não. Pegamos emprestadas essas frases corriqueiras e fazemos delas nossa mensagem. E nossos amigos recebem isso de coração aberto, sorriso estampado, porque eles fazem também uso disso. É de praxe, é normal, é gentil, é nobre. É milhões de vezes melhor que o esquecimento.

Nossa grande dificuldade é expressar em palavras de consolo quando nós mesmos temos um coração moído pela dor de ver o sofrimento do outro e termos a consciência que não podemos fazer nada!

Vai passar, sabemos disso, pois todas as dores passam, como passam as noites de lua e os dias de sol. Nada é estável e constante.

E queríamos tanto encontrar as palavras exatas que amenizasse o sofrimento, que trouxesse consolo imediato, que anestesiasse ou curasse de vez! E lá, nesse exato instante, as palavras morrem.

Mas eis um segredo que só os anjos conhecem: os gestos falam!

Flores falam muito. Um beijo fala. Um afago fala de voz doce e suave. Uma presença, mesmo calada, fala demais. Um abraço fala muito alto. Um olhar sincero diz tanto! Uma mão que segura outra mão fala como várias bocas e centenas de corações...

Quando as palavras se recusarem a sair de você, fale com gestos. O outro compreenderá.

Seja você o anjo calado que vai trazer um lenço e vai ficar do lado para o outro se sentir menos sozinho. Dar de si vale mais que todas as palavras do dicionário juntas. E nesses instantes, Deus se cala também. Ele se contenta, como nós, de olhar com ternura e Ele sente prazer em nós.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A Porta da Palavra



"Orando também, juntamente por nós para que Deus nos abra a porta da palavra(...)" - Paulo (Colossenses, 4:3)


A atualidade terrestre dispõe dos mais avançados processos de comunicação entre os homens. Num só dia aviões sobrevoam nações diversas.

O rádio e a televisão alteram o antigo poder do espaço.

Quantos milhões de criaturas, porém, se reconhecem profundamente isoladas dentro de si, ainda mesmo quando parte integrante da multidão?

Quantos seres humanos varam largos trechos da existência expedindo apelos ao socorro espiritual de outros seres humanos sem qualquer resposta que lhes asserene o campo emotivo?

O que mais singulariza o problema é que nem sempre vale a presença material de alguém para o auxílio de que outro alguém se reconhece necessitado. Quem sofre prefere solidão à companhia daqueles que lhes agravam o sofrimento.

Todos nós carecemos de alívio na hora da angústia ou de apoio em momentos difíceis, e, para isso, contamos receber daqueles que nos rodeiam a frase compreensiva e conveniente.

Entanto, nesse sentido, não bastará que os nossos benfeitores nos manejem corretamente o idioma ou nos identifiquem o grau de cultura. É imperioso nos conheçam os sentimentos e problemas, os ideais e realizações.

Meditemos, pois, na importância do verbo e roguemos a Deus nos inspire, a fim de encontrarmos a porta adequada à palavra certa e sermos úteis aos outros tanto quanto esperamos que os outros sejam úteis a nós.



Emmanuel

Do Livro Segue-me, Psicografia Francisco Cândido Xavier, Editora O Clarim.

Problemas no Serviço do Blogger

Prezados leitor,

Em razão de uma pane no serviço Blogger, que hospeda o nosso blog, ocorrida desde o dia 11.05 (quarta-feira), ficamos impossibilitados de fazer a nossa atualização hoje 13.05 (sexta-feira). Nesse momento conseguimos acessar o serviço e estamos fazendo as devidas atualizações, porém não sabemos ainda se o mesmo já encontra-se estável.

Pedimos desculpas pelos transtornos e estamos no aguardo da resolução definitiva do problema por parte da Google para a normalização das nossas postagens.






Certo da vossa compreensão,
Abraço fraterno,

Carlos Pereira

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Atualidades Espíritas


O Espiritismo e a Sociedade Sustentável


Por Carlos Alberto Iglesia Bernardo


Max Weber em seu livro “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” estudou a relação entre o pensamento protestante e o desenvolvimento do Capitalismo nos países que o adotaram. A rígida ética do trabalho, da vida sóbria e da acumulação de capital como uma forma de realização na Terra da graça divina para com seus escolhidos, foram fatores que contribuíram decididamente para a economia capitalista.

Da mesma forma, porém em bases filosóficas e religiosas diferentes, o Prof. Ricardo Mário Gonçalves propôs em sua obra “A Ética Budista e o Espírito Econômico do Japão” que o pensamento Budista foi um dos fatores que contribuiu na transformação do Japão do século XIX. Alguns filósofos budistas enfatizavam a correta observância dos deveres cotidianos como um instrumento para a realização espiritual. Através de uma vida de diligência no trabalho, afastamento dos excessos e compreensão da realidade que o rodeia, o homem poderia atingir a iluminação que o afastaria do ciclo interminável de existências insatisfatórias. Tal espírito vinha de encontro às necessidades da época de transformação que tiraram o Japão do atraso feudal e em poucas décadas o transformaram em uma potência.

Colocado assim que não é uma idéia estranha que as bases filosóficas e morais de uma sociedade sejam de importância crucial para seu desenvolvimento em todas as dimensões culturais, inclusive no da economia, não deixa de ser natural que se pense que tipo de sociedade se construiria sobre o pensamento espírita.

A Doutrina Espírita, como os mestres budistas estudados pelo Prof. Ricardo, dá grande importância ao trabalho como instrumento de realização espiritual. Através do esforço cotidiano, o espírito se aperfeiçoa e a correta vivência das oportunidades profissionais o faz avançar intelectual e moralmente. Da mesma forma, o Espiritismo valoriza uma vida equilibrada, longe dos excessos. O mundo material é transitório, nosso estágio educativo aqui deve ser bem aproveitado e uma vida equilibrada, afastada dos vícios e dos excessos dos prazeres, permite que as oportunidades sejam aproveitadas ao máximo. Diferentemente talvez do Protestantismo e mais próximo do pensamento budista, o Espiritismo não condena que o homem tenha uma vida alegre e prazerosa, apenas mostra que os excessos e abusos têm sérias conseqüências.

Como as doutrinas filosóficas orientais, o Espiritismo acredita em um ordenamento moral do Universo que se expressa através da lei de Causa e Efeito. Todas as nossas ações têm repercussões e a qualidade moral delas implica no tipo de repercussão que terão. Uma ação que traz o sofrimento de outros seres traz em conseqüência infelicidade para aquele que a praticou e, da mesma forma, toda ação que liberte do sofrimento ou diminua o sofrimento de outros seres traz a felicidade para seu agente. A conhecida palavra “Karma” significa justamente “ação” em sânscrito e traz embutido o conceito de que somos responsáveis por nossas ações ao colhermos inevitavelmente seus resultados.

Desta forma, antes de tudo, o Espírita é um indivíduo consciente de que sua situação presente é de sua inteira responsabilidade, resultante de todas suas ações no passado, e que seu futuro depende de como agir agora. Seja na sua vida particular, seja na sua atuação profissional, seja no exercício de algum cargo público ou voluntário, ele é ciente de que é responsável pelo que faz e que seu currículo de vida é bem mais do que a listagem dos títulos e posições conseguidos. Seu currículo espiritual, que o acompanhará através desta vida e das próximas, lhe conferirá as credenciais para galgar novas etapas de crescimento ou ficar preso na reparação das ações incorretas que efetuou.

O Espírita sabe que retornará a este mundo em novas reencarnações e a sociedade que encontrará será justamente aquela que contribui para formar nas suas existências passadas. Não há como no Protestantismo a visão de que nossa salvação independe de nossos atos e que por escolha divina seremos eleitos para a morada dos justos. Pelo contrário, teremos que conquistar o direito a essa morada, construindo-a pouco a pouco dentro de nós e ao redor de nós pelas nossas ações. Também não é a fé que salva o espírita, pelo contrário, na visão espírita aquele que tem fé na Doutrina e não a vivencia está em situação pior do que aquele que não a conhece. A qualidade das ações está atrelada ao conhecimento do que se está fazendo e aquele que age mal sabendo que está agindo mal é pior do que aquele que não sabe o que faz.

Assim o espírita tende a engajar-se em causas que melhorem o mundo. Nas relações econômicas valoriza a ética profissional e busca relações sustentáveis, em que todas as partes sejam beneficiadas. No exercício dos cargos públicos o espírita tende a buscar a justiça social e ao desenvolvimento de programas que tragam o progresso da sociedade. É um filho do Iluminismo e acredita que a educação e o bem-estar material estão ligados, que a sociedade humana caminha para estágios mais civilizados.

A sustentabilidade é uma causa naturalmente esposada pelos espíritas, pois é uma conseqüência natural das leis morais que mencionamos. Só uma ação consciente para o bem pode gerar resultados satisfatórios duradouros e ao pensar em relações econômicas que preservem o meio ambiente, que busquem a satisfação de todos os participantes dos processos econômicos, se está justamente deixando de lado o egoísmo e trabalhando para o bem de todos.

Portanto nada mais lógico do que se concluir que uma sociedade apoiada no pensamento espírita será uma sociedade sustentável. Uma sociedade em que seus atores sociais ajam de forma a maximizar os benefícios para todos a curto, médio e longo prazo. Uma sociedade em que as relações interpessoais visem o aperfeiçoamento constante e a criação permanente de meios que a tornem sempre melhor e com maior qualidade de vida.

Ao fugir dos excessos esta sociedade sustentável permitirá um manejo mais adequado dos recursos naturais e um aproveitamento mais igualitário dos bens produzidos. Esta sociedade também fugirá dos excessos das ideologias, pois o espírita crê que a evolução do pensamento é constante e não há como evitar que o tempo mude os cenários humanos, inclusive as verdades estabelecidas pelo homem para a estruturação de sua vida intelectual. Toda forma de crença sincera é respeitável aos olhos do espírita e a pesquisa científica é a fundamentação mesma de sua fé racional. O debate, a busca do consenso através da troca fraterna das idéias será o veículo natural para que esta sociedade se sustente no longo prazo sem os choques ideológicos e extremismo que muitas vezes põem a perder os esforços pacíficos de gerações.

Enfim, acreditamos firmemente que o Espiritismo tem um papel importante a desempenhar no pensamento humano e que sua influência será sentida à medida que mais e mais suas idéias forem difundidas na sociedade. Sem dúvida alguma, a sociedade do futuro será plural, as religiões atuais, longe de desaparecerem, amadurecerão e se influenciarão mutuamente. Possivelmente os postulados espíritas, por sua lógica interna, por seu respaldo na comprovação científica dos fatos que lhes dão sustentação, aos poucos encontrarão ecos em outras correntes religiosas e as várias divisões do espiritualismo do futuro serão por causa de preferências individuais em questões de detalhes, não no antagonismo ou na disputa pela posse exclusiva da verdade. Neste novo mundo, nesta nova sociedade sustentável, o Espiritismo será uma das fontes de inspiração para o homem continuar a melhorar a si mesmo.


Bibliografia

Andrade, Geziel. Capital e Trabalho à Luz do Espiritismo. Capivari – SP: EME Editora, 1994.
Cassirer, Ernst. The Philosophy of the Enlightenment. Traduzido do alemão por Fritz C. A. Koelln e James P. Pettegrove. New Jersey (EUA): Princenton University Press, 1979.
Gonçalves, Ricardo Mario. A Ética Budista e o Espírito Econômico do Japão. Prefácio de Heródoto Barbeiro. São Paulo: Elevação, 2007.
Kardec, Allan. Obras Póstumas. Volume XIX das Obras Completas de Allan Kardec. São Paulo: EDICEL, 1973.
Weber, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. 10.a Ed. Tradução de M. Irene de Q. F. Szmrecsányi e Tomás J. M. Szmrecsányi. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1996.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Os Médiuns e Oradores Espíritas

Esses são alguns dos atuais propagadores da "Boa Semente" do nosso país, que atravessam fronteiras levando os luminares da Doutrina Espírita à humanidade:


Divaldo Franco
















Divaldo Pereira Franco é natural de Feira de Santana, Bahia, Brasil. É reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores espíritas da atualidade. Fundou, juntamente com seu fiel amigo Nilson de Souza Pereira, o Centro Espírita Caminho da Redenção e a Mansão do Caminho, que atendem a toda a comunidade do bairro de Pau da Lima, em Salvador, beneficiando milhares de doentes e necessitados.



Raul Teixeira


















Natural da cidade de Niterói (RJ), Raul Teixeira é licenciado em Física, Mestre e Doutor em Educação. Professor aposentado da Universidade Federal Fluminense. É um dos fundadores da Sociedade Espírita Fraternidade, localizada em Niterói (RJ). A instituição mantém uma obra de Assistência Social Espírita denominada "Remanso Fraterno", que atende a crianças e família socialmente carentes, apoiando-as no seu soerguimento material e espiritual. Conferencista dos mais requisitados no Brasil e no Exterior, já levou a mensagem espírita a 45 países, tendo servido como médium na recepção de 35 livros, publicados pela Editora Fráter.


Carlos A. Baccelli


















Nasceu em Uberaba (MG), em 9 de novembro de 1952. Formado em Odontologia, é funcionário da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos há 24 anos. Há 30 anos cooperando com as atividades da Casa Espírita "Bittencourt Sampaio", Baccelli é idealizador e fundador de várias instituições espíritas em Uberaba, entre as quais o Grupo Espírita "Pão Nosso", o Lar Espírita "Pedro e Paulo", o Grupo Espírita "Irmão José", a "Casa do Caminho", esta última de amparo à vítimas do HIV. Como escritor e jornalista, é autor de várias obras de significativa importância para a Doutrina: "O Espiritismo em Uberaba", "Divaldo Franco em Uberaba", "Chico Xavier, Mediunidade e Vida", etc. Foi durante muito tempo diretor da Aliança Municipal Espírita de Uberaba e secretário da "Comunhão Espírita Cristã", antiga casa de trabalho do médium Chico Xavier. Com Chico Xavier, no "Grupo Espírita da Prece", publicou vários livros em parceria mediúnica, editados pelo IDEAL de São Paulo, e pelo IDE de Araras, livros que lhe abriram caminho para o trabalho mediúnico que agora se amplia com outros que têm sido publicados pela "DIDIER" de Votuporanga e "LEEPP" de Uberaba. Baccelli, ainda, é colaborador assíduo de "A Flama Espírita", importante mensário de Uberaba, orador que, tem viajado pelo Brasil levando consigo a mensagem da Terceira Revelação, sendo que, por quase três anos consecutivos apresentou na TV local o apreciado programa "Espiritismo Explicando".


Francisco do Espírito Santo Neto














Nasceu em Catanduva, São Paulo. É um médium espírita e tem como o seu "instrutor espiritual" o Espírito Hammed. É formado em Administração de Empresas, com formação completa em Programação Neurolingüística. Há mais de 25 anos fundou a Sociedade Espírita Boa Nova. Ainda hoje, dirige todas as atividades que a integram como a Creche Boa Nova, que abriga 135 crianças, o Lar Esperança, que atende 12 senhoras carentes em regime de internato, o posto médico-odontológico, além de ações voltadas para o atendimento sócio-cultural e para grupo de mães e gestantes, bem como a Boa Nova - editora e distribuidora de livros espíritas. Trabalha ativamente na divulgação do Espiritismo, não apenas através da escrita como também com a realização de palestras em todo o Brasil e também no exterior. Os seus livros atingiram a margem de aproximadamente um milhão de exemplares vendidos - desde seu primeiro lançamento editorial, o livro Renovando Atitudes, publicado em 1997. São suas as obras psicografadas: La Fontaine e o comportamento Humano; Lucidez - a Luz que Acende na Alma; Um Modo de Entender – Uma Nova Forma de Viver; Renovando Atitudes; As Dores da Alma; Conviver e Melhorar; A Imensidão dos Sentidos; Os Prazeres da Alma; Sol do Amanhecer (Coleção “Fonte de Inspiração”); Espelho d’Água (Coleção “Fonte de Inspiração”); Além do Horizonte (Coleção “Fonte de Inspiração”). Francisco é também diretor-responsável pela Revista Literária Espírita Delfos que traz periodicamente matérias especiais, entrevistas, sessões, colunas e outras informações pertinentes ao meio literário espírita.


Richard Simonetti


















Foi funcionário do Banco do Brasil de 1956 a 1986, quando se aposentou. Passou, então, a dedicar-se inteiramente às atividades espíritas, particularmente no Centro Espírita Amor e Caridade, ao qual está ligado desde a infância. O CEAC destaca-se pelo largo trabalho que desenvolve no campo social, envolvendo Albergue, Centro de Triagem de Migrantes, Atendimento à população de rua, Creche, Assistência Familiar, Cursos Profissionalizantes… A instituição beneficia perto de vinte e cinco mil pessoas, anualmente. Expositor espírita tem percorrido todos os Estados brasileiros, em centenas de cidades, e também outros países, como Estados Unidos, França, Suíça, Itália e Portugal… Articulou, em 1973, o movimento inicial de instalação dos Clubes do Livro Espírita, que prestam relevantes serviços de divulgação em centenas de cidades. De 1964 a 1994 participou da União das Sociedades Espíritas de Bauru, em seus Departamentos de Doutrina e de Divulgação. Responsável pela instalação do Clube do Livro Espírita de Bauru e pela manutenção da Livraria Espírita, sustentou expressivo movimento de venda de livros que proporcionaram recursos para a construção da sede da USE, em edifício de 3 pavimentos. Vem empenhando-se em passar sua experiência a outras cidades, a demonstrar como se pode dinamizar a divulgação espírita a partir dessas iniciativas e, ao mesmo tempo, arrecadar recursos para outros serviços. Colabora assiduamente em jornais e revistas, espíritas. Escreve regularmente para periódicos espíritas de projeção nacional – Reformador, Revista Internacional de Espiritismo, Folha Espírita. Tem quarenta e oito obras publicadas, com uma tiragem total de perto de dois milhões e duzentos mil exemplares. É membro da Academia Bauruense de Letras.


José Medrado











Possui múltiplas faculdades mediúnicas, é conferencista espírita, tendo visitado diversos países da Europa e das Américas, cumprindo agenda periódica para divulgação da Doutrina, trabalhos de pintura mediúnica e workshops. Livros mediúnicos publicados: Cavaleiros da Luz, Missão Socorro; Construção Interior; O Socorro dos Espíritos. Idealizador e fundador da Cidade da Luz, em Salvador, Bahia.


Nazareno Feitosa

















Natural de Fortaleza, CE. Reside atualmente em Brasília, DF onde é funcionário público, expositor espírita e atual Assessor de Divulgação da FEDF – Federação Espírita do Distrito Federal. Nazareno tem Bacharelado em Direito e Administração de Empresas e Pós-graduação em Direito Tributário. Tem ainda formação em TRVP, estuda o Pathwork de Eva Pierrakos e outras ferramentas de autoconhecimento.


Jorge Luiz Hessen













Bastante conhecido como palestrante, escritor, articulista em diversos jornais e sites, além de conselheiro da revista eletrônica O Consolador.


Orson Peter Carrara


















Nasceu em Mineiros do Tietê - SP no dia 10 de março de 1960. Na época de infância e mocidade, recebeu grande influência, em sua formação doutrinária do tio Pedro Carrara, autêntico e valoroso espírita da cidade, além dos exemplos dos pais no trabalho espírita. Expositor espírita, tem percorrido muitas cidades do Estado de São Paulo e já esteve nos Estados de Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, por várias vezes, para tarefas de divulgação espírita. Articulista da imprensa espírita, tem colaborado com diversos órgãos da imprensa espírita, entre revistas e jornais do país, além de boletins regionais. Autor dos livros "Causa e Casa Espírita" e "Espíritos - Quem são? O que fazem? Onde estão? Por que nos procuram?", seus textos caracterizam-se pela objetividade e linguagem acessível a qualquer leitor, estando disponibilizados em vários sites de divulgação espírita.


Suely Caldas Schubert


















Nasceu em Carangola, MG. Desde jovem, dedica-se às atividades espíritas, especialmente no âmbito da mediunidade e da divulgação do Espiritismo. Autora de nove livros, é também conhecida expositora, tendo realizado dezenas de palestras no Brasil e no exterior. Pela Editora da Federação Espírita Brasileira lançou seus dois primeiros livros – Obsessão/Desobsessão: Profilaxia e Terapêutica (1981) e Testemunhos de Chico Xavier (1986). Outros livros de sua autoria são O Semeador de Estrelas (1989), Ante os Tempos Novos (1996), ambos pela Editora LEAL; Mediunidade: Caminho para ser Feliz (1999), pela Editora Didier; e Transtornos Mentais (2001), pela Minas Editora. Em 1986, Suely fundou com um grupo de companheiros a Sociedade Espírita Joanna de Ângelis, em Juiz de Fora, da qual foi a primeira presidente e hoje exerce a vice-presidência. Tem uma atividade intensa na Aliança Municipal Espírita dessa cidade, onde reside e é diretora do Departamento de Mediunidade.



Zibia Gasparetto

















Médium, de ascendência italiana, casou-se, aos vinte anos de idade, com Aldo Luiz Gasparetto, com quem teve quatro filhos, entre os quais o médium e apresentador de televisão Luiz Antonio Gasparetto. Possui um grande acervo de obras publicadas, foi colunista da revista brasileira "Contigo!" durante quatro anos, sendo a autora que mais cartas de fãs recebia. Quando deixou de escrever, em 1997, reuniu as suas crônicas num livro intitulado Zibia Gasparetto Conversando Contigo! A autora tem um programa de rádio no Brasil, onde vive, que fala do tema da espiritualidade e convida os ouvintes a participarem pelo telefone. Em 1991, Zibia ficou viúva e passou de uma típica dona de casa a empresária, como gestora da editora Espaço Vida e Consciência. Atualmente, a médium diz escrever pelo computador, quatro vezes por semana, em cada dia uma obra diferente: consciente, declara ouvir uma voz ditando-lhe as palavras do texto.
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