quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Aos Evangelizadores da Infância



A criança espírita será o adulto espírita dos dias porvindouros.

Os educadores junto dela são representantes do Espiritismo, religião libertadora de consciências.

A tarefa é grave porque demanda muito amor por parte daqueles que administram o ensinamento, não aquele fascínio sentimental que aperta a criança nos braços, como quem adquiriu um bibelô para brincar, - mas o devotamento que acolhe a criança como criatura nos seus direitos naturais, em trânsito para o futuro.

Ao mesmo tempo, o encargo se reveste de profunda beleza porquanto o professor espírita é chamado amoldar a Humanidade Nova no espírito daqueles que retomam ideias e quefazeres da reencarnação.

Para isso, os obreiros dessa ordem, antes de tudo, necessitam de paciência para com os meninos, a fim de que eles se desenvolvam na vocação e no entendimento trazido da Espiritualidade, traços fundamentais de visão e conduta que os diferenciam enormemente nos dos outros.

Os missionários da instrução espírita, no plano da infância, necessitam amadurecer as próprias convicções.

Situar-se em lugar de pais mais compreensivos.

Cultivar o espírito da alegria.

Planejar com cuidado o programa didático.

Consagrar atenção a pesquisa.

Não podemos esquecer que estamos auxiliando a criança no reencontro da confiança em Deus, na penetração dos ensinamentos de Jesus, no ingresso aos princípios de Kardec, no reconhecimento da reencarnação e amparando-a na retomada do lugar que lhe compete na equipe doméstica e no conjunto social, para que produza eficientemente os valores humanos de que seja capaz, no nível evolutivo em que se encontra.

Que os nossos companheiros dedicados à edificação espírita da infância não considerem nossos apontamentos à conta de exigências e nem esmoreçam com dificuldades que se nos anteponham, de momento, aos padrões apresentados.

Todos estamos caminhando no aperfeiçoamento gradativo de métodos e roteiros para os serviços de nosso próprio burilamento.

Compreendamos, porém, que a criança dominará o porvir, do porvir de que todos nós necessitamos para alcançarmos a perfeição.

Entregar o melhor que possuímos na formação espírita dos pequeninos de agora, será capitalizar o melhor da vida em nosso favor, nas retribuições de amanhã.


André Luiz

Psicografia de Waldo Vieira na Comunhão Espírita Cristã, Uberaba, 12/03/65)

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