sábado, 31 de agosto de 2013

Extra: Cultura de Paz



Fundação internacional financiará projetos de promoção da Paz



A Journalists and Writers Foundation (JWF), organização não-governamental, com assento no Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU) recebe, até o próximo dia 30 de setembro, inscrições de propostas de projetos de construção da paz e resolução de conflitos. Os selecionados para o programa Peace Projects poderão receber subsídios de até US$50.000. Podem candidatar-se organizações sem fins lucrativos e indivíduos, sejam acadêmicos, ativistas, artistas, líderes comunitários, educadores, cineastas, jornalistas, acadêmicos, assistentes sociais e estudantes de qualquer nacionalidade.

Com a iniciativa, a JWF quer descobrir projetos criativos e inovadores que visam prevenir e responder de maneira construtiva os conflitos ao redor do mundo. Entre os temas propostos para os projetos estão: Educação para a paz; Pluralismo e multiculturalismo; Juventude, conflitos e construção da paz; Alerta precoce e de prevenção de conflitos; Mediação e negociação; Reconciliação pós-conflito; Desarmamento, desmobilização e reintegração; A boa governança; Estado de direito e justiça transicional; A redução da pobreza, o desenvolvimento e a consolidação da paz; Igualdade de gênero e empoderamento.

Além de receber até US$50.000, a maioria dos projetos implementados com sucesso poderá ainda receber recompensas adicionais de até US$30.000.

Sobre a JWF


A Journalists and Writers Foundation (JWF), sediada em Nova York, foi criada com a finalidade de promover a convivência pacífica através do diálogo e da compreensão, a nível global, regional e local. Através das suas atividades, o JWF reúne milhares de pessoas de várias origens para discutir temas como política, religião, arte, filosofia e ciência em prol do estabelecimento de uma base comum e, finalmente, a paz global.

A ficha para inscrição dos projetos, bem como outras informações estão no endereço eletrônico: http://peaceprojects.net


Com informações da Journalists and Writers Foundation


Fonte: Agencia da Boa Notícia, 29/08/2013

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Divaldo Franco em Araçatuba, S.P

Registro da palestra proferida pelo médium e orador espírita Divaldo Pereira Franco no dia 24 de julho de 2013, no Hotel Chamonix, no qual discorreu sobre a paz, lembrando nomes de personalidades do passado e da atualidade, como Benedita Fernandes e o Papa Francisco.





Fonte: A Voz do Espiritismo

terça-feira, 27 de agosto de 2013

4º Congresso Espírita Brasileiro

Encontram-se abertas as inscrições para o 4º Congresso Espírita Brasileiro, programado para os dias 11 a 13 de abril de 2014, em quatro regiões, tendo como sedes Campo Grande, João Pessoa, Vitória e Manaus. O tema do congresso será “150 anos de O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Para mais informações sobre o evento acesse o site oficial do evento: http://www.febnet.org.br/4congresso/#inicio







Clique nas imagens para ampliá-las.

Fonte: FEB - Federação Espírita Brasileira

domingo, 25 de agosto de 2013

O novo Papa e Francisco de Assis


Depoimentos de diversos religiosos sobre o novo Papa. A Missão de Francisco de Assis. As advertências de Jesus à Igreja

Os representantes das mais variadas religiões entrevistados pela jornalista Paula Autran, de O Globo, sobre a visita do Papa Francisco ao Brasil, deram os seguintes depoimentos publicados no caderno Jornada Mundial da Juventude, de 27.07.2013, na matéria com a manchete – “Um Amigo de Fé – Simpatia e simplicidade de Pontífice argentino conquistam brasileiros até de outras religiões”:

Espiritismo – “Para o Vice-Presidente da Fundação Cristã-Espírita Cultural Paulo de Tarso, Gerson Simões Monteiro, ele está seguindo os passos de Francisco de Assis e do próprio Cristo, pois, segundo Jesus, ‘os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem’. E esta é a mensagem que o Papa está trazendo: de entendimento e fraternidade, uma aura de paz e uma mensagem de esperança, neste momento difícil, principalmente para a nossa cidade do Rio de Janeiro. Segundo nossa visão, ele é um médium de Francisco de Assis, por seus gestos de humildade. Que ele venha de novo em 2017!”

Judaísmo – O Cônsul honorário de Israel no Rio, Osias Wurman, vê o Pontífice como peça fundamental para uma parceria entre as três religiões abraâmicas: judaísmo, islamismo e catolicismo. “– Para nós, judeus, ele é uma peça fundamental, pois representa 1,2 bilhão de cristãos. Francisco é, indiscutivelmente, carismático. Acho que vai superar em popularidade o Papa João Paulo II. E não é de hoje que ele tem boas relações com o judaísmo. Quando era cardeal, ele escreveu com o rabino Abraham Skorka, seu amigo de longa data, o livro Sobre o Céu e a Terra, que aborda vários aspectos em comum da fé — avaliou Wurman. — Fiquei emocionado com o que vi em Copacabana na quinta-feira.”

Islamismo – Já o sheik muçulmano, Jihad Hassan Hammadeh, relembra Bento XVI para falar de Francisco. “— O ser humano gosta de valores como atenção, simplicidade, simpatia e humildade. Eles abrem as portas dos corações das pessoas. Estes valores diferenciam o Papa Francisco de seu antecessor. Seu sorriso, suas demonstrações de preocupação e afeição. Isto também é importante no diálogo entre as religiões. Afinal, as pessoas mais frias só recebem. As pessoas que são assim dão e recebem, tornando mais fáceis o diálogo e os acordos — disse ele, lembrando que o fato de o Papa ser latino também faz a diferença. — Ele me cumprimentou de uma forma não protocolar quando estivemos juntos.”

Construa a minha Igreja - Ao assistir pela Televisão à eleição do novo Papa, e a sua escolha em adotar como patrono da sua missão Francisco de Assis, lembrei-me de que, quando Jesus apareceu para Francisco de Assis pedindo: “Francisco, construa a minha Igreja”, ele entendeu literalmente que se tratava da construção de novos edifícios para as igrejas.

Porém, ao lermos o capítulo 18, Os Abusos do Poder Religioso, da obra A Caminho da luz, ditada ao médium Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, podemos perceber o verdadeiro significado da mensagem do Cristo a Francisco de Assis, naquela oportunidade. Era muito mais a construção do edifício espiritual da Igreja.

As advertências de Jesus – Segundo Emmanuel, “antes da vinda de Francisco de Assis, as exortações do Alto não se faziam sentir tão-somente no seio das ordens religiosas, onde penitentes humildes proporcionavam aos seus orgulhosos superiores eclesiásticos as mais santas lições da piedade cristã. Também na sociedade civil as sementes de luz deixavam entrever os mais esperançosos rebentos de compreensão e de sabedoria, acerca do Evangelho e dos exemplos do Cristo. Neste caso, está Pedro de Vaux, que, embora sendo um homem de negócios, em Lião, desligou-se de todos os laços que o prendiam às riquezas humanas, despojando-se de todos os bens em favor dos pobres e necessitados, comovido com a leitura da exemplificação de Jesus no seu Evangelho de amor e redenção.

Pedro de Vaux, esse homem extraordinário, a quem fora cometida a missão de instrumento da vontade do Senhor, mandou traduzir os livros sagrados para leitura pública e, junto de outros companheiros que passaram à História com o nome de valdenses, iniciou amplo movimento de pregações evangélicas, à maneira dos tempos apostólicos”.

Francisco de Assis – Diz ainda o benfeitor espiritual Emmanuel, no capítulo 18 de A Caminho da luz, que “os apelos do Alto continuaram a solicitar a atenção da Igreja romana em todas as direções. As chamadas heresias brotavam por toda parte onde houvesse consciências livres e corações sinceros, mas as autoridades do Catolicismo nunca se mostraram dispostas a receber semelhantes exortações. Havia terminado, em 1229, a guerra contra os hereges, cujos embates atravessaram o espaço de vinte anos, quando alguns chefes da Igreja consideraram a oportunidade da fundação do tribunal da penitência, cujos projetos de há muito preocupavam o pensamento do Vaticano.

Mascarar-se-ia o cometimento com o pretexto da necessidade de unificação religiosa, mas a realidade é que a instituição desejava dilatar o seu vasto domínio sobre as consciências.

Todavia, se a Inquisição preocupou longamente as autoridades da Igreja, antes da sua fundação, o negro projeto preocupava igualmente o Espaço, onde se aprestaram providências e medidas de renovação educativa. Por isso, um dos maiores apóstolos de Jesus desceu à carne com o nome de Francisco de Assis. Seu grande e luminoso Espírito resplandeceu próximo de Roma, nas regiões da Úmbria desolada. Sua atividade reformista verificou-se sem os atritos próprios da palavra, porque o seu sacerdócio foi o exemplo na pobreza e na mais absoluta humildade. A Igreja, todavia, não entendeu que a lição lhe dizia respeito e, ainda uma vez, não aceitou as dádivas de Jesus”.

Vale lembrar que a Inquisição perdurou cerca de seiscentos anos!

Os franciscanos – Para entendermos a extensão da missão de Francisco de Assis, Emmanuel tece ainda o seguinte comentário: “O esforço poderoso do missionário, todavia, se não conseguiu mudar a corrente de ambições dos papas romanos, deixou traços fulgurantes da sua passagem pelo planeta. Seu exemplo de simplicidade e de amor, de singeleza e de fé, contagiou numerosas criaturas, que se entregaram ao santo mister de regenerar almas para Jesus. A ordem dos Franciscanos chegou a congregar mais de duzentos mil missionários e seguidores do grande inspirado. Eles repeliam qualquer auxílio pecuniário, para aceitar tão-somente os alimentos mais pobres e mais grosseiros, e a característica que mais os destacava das outras comunidades religiosas era o seu alheamento dos mosteiros. Em vez de repousarem à sombra dos claustros, na tranquilidade e na meditação, esses Espíritos abnegados reconheciam que a melhor oração, para Deus, é a do trabalho construtivo, no aperfeiçoamento do mundo e dos corações”.

Conclusão – Em entrevista concedida ao jornal O Globo, manifestei o meu entendimento de que “segundo a nossa visão, ele é um médium de Francisco de Assis”. O que pretendi dizer é que, na minha opinião, o Papa terá uma missão semelhante à de Francisco de Assis, ou seja, a missão de despertar a Igreja em momento decisivo para a humanidade, haja vista o processo em que o planeta está ingressando que o levará a uma nova ordem de valores espirituais. A humildade e a proximidade com o povo são fundamentais para que as instituições religiosas cumpram sua missão, de despertar a espiritualidade nas consciências e desenvolver o sentimento nos corações, servindo o exemplo do Papa Francisco de reforço ao trabalho realizado por nós espíritas, levando as lições do Evangelho a todos, sem distinção, preparando as novas gerações para o bem e o amor.


Gerson Simões Monteiro

Fonte: O Consolador, Nr. 326, agosto de 2013

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O Espiritismo na sua Expressão mais Simples


Em 15 de janeiro de 1862, era lançada em Paris, pela Livraria Ledoyen e pelo escritório da Revista Espírita, a edição príncipe de 36 páginas, in-18, de Le Spiritisme à sa plus simple expression, exposé sommaire de l’enseignement des esprits et de leurs manifestations. O Espiritismo em sua mais simples expressão, exposição sumária do ensinamento dos Espíritos e de suas manifestações, obra escrita por Allan Kardec para popularizar o Espiritismo na França, a preço acessível, sem prejuízo das obras básicas.

Custava 15 centavos de franco e os 10 mil exemplares esgotaram-se em três meses. A segunda edição, com o texto definitivo, sairia em maio daquele ano. Várias outras edições se sucederam, com destaque para a de 1923 pela Livraria de Ciências Psicológicas, de Paul Leymarie, que teve uma tiragem única de 150 mil exemplares.

O opúsculo está dividido em três capítulos: “Histórico do Espiritismo”, “Resumo do Ensino dos Espíritos” e “Máximas Extraídas a fim de que se lhe possa compreender o objetivo moral e filosófico”.

Um fato que merece destaque: das obras de Allan Kardec é a primeira traduzida para o português por Alexandre Canu, autorizado pelo próprio autor, a qual foi editada em Paris no ano de 1862 por Va. J. P.Aillaud, Monlon e Cia., livreiros de suas majestades o imperador do Brasil e o rei de Portugal, e impressa na Tip. Rignoux, rua Monsieur-le-Prince, 3, sendo esta a terceira edição, logo após a primeira, francesa, e a segunda, em alemão, pelo professor belga Constantin Delhez. O tradutor destaca no Prólogo a importância do Espiritismo e a sua admiração pelo Codificador:

"Ainda que pouco versado no estilo português, porém movido da importância do assunto assombroso de que aqui se trata, e que está hoje maravilhando o mundo inteiro, e também da necessidade de espalhá-lo, quanto antes, por toda a parte, não duvidei de traduzir esta obrazinha elementar, já vertida em muitas línguas, a fim de levá-la ao conhecimento dos povos que falam a língua portuguesa, e pô-los em estado de se esclarecerem numa descoberta tão espantosa, por meio das obras especiais do homem eminente que foi o primeiro propagador, e ainda hoje o maior vulgarizador desta ciência sublime, que há certamente de transformar em pouco tempo a humanidade; descansando eu, quanto à tradução, na indulgência daqueles que, nas cousas desta ordem, antes consideram o fundo que a forma."

Um trecho do extrato do Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro, de 23 de setembro de 1863, transcrito pela Revista Espírita, de julho de 1864 (FEB, 2009, p. 289-290, tradução de Evandro Noleto Bezerra), dá conta da presença da tradução de Canu, no Brasil:

"Constatamos com satisfação que a ideia espírita faz sensíveis progressos no Rio de Janeiro, onde conta expressivo número de representantes, fervorosos e devotados. A pequena brochura O Espiritismo na sua expressão mais simples, publicada em português, muito contribuiu para ali espalhar os verdadeiros princípios da doutrina."

É, também, o primeiro dos livros espíritas do mestre lionês em versão portuguesa integral, anônima, impressa no Brasil em 1866, mais precisamente, na capital de São Paulo, pela Typographia Litteraria, rua do Imperador, 94, com o título: O Espiritismo reduzido a sua mais simples expressão, traduzido do francês, com 36 páginas.

Naquele mesmo ano, Luís Olímpio Teles de Menezes traduziu apenas parte de uma obra de Kardec, ou seja, a “Introdução” de O Livro dos Espíritos, que foi impressa na Tipografia de Camillo de Lellis Masson & C., em Salvador, Bahia.

A Livraria Garnier, no seu Catálogo das Obras Fundamentais da Doutrina Espírita, de 1874, informa que O Espiritismo em sua mais simples expressão foi “já há muito traduzido em português” e, em 1875, registra: “vertido para o português”, tamanho in-4, custando mil réis a brochura de uma provável nova tradução, que ainda não teve nenhum exemplar localizado.

A Federação Espírita Brasileira editou, pela primeira vez, em 1904, O Espiritismo em sua mais simples expressão, a Biografia [parcial] de Allan Kardec, de Henry Sausse, ambos sem nome de tradutor, e a Memória Histórica, formando os três juntos o livro, de 102 páginas, Memória Histórica do Espiritismo, Alguns Dados, Publicação Comemorativa do Centenário de Allan Kardec, Codificador da Doutrina Espírita, impresso pela Tip. Besnard Fréres, rua do Hospício, 1.133, Rio de Janeiro.

Com recursos mensais de uma chamada “Caixa de Propaganda”, instituída em 1920 pela Federação Espírita Brasileira, para publicação de folhetos de propaganda da Doutrina Espírita, foram distribuídos em 1921, gratuitamente, 2.469 exemplares de O Espiritismo na sua expressão mais simples – Exposição sumária dos ensinos dos espíritos e de suas manifestações –, traduzido por Guillon Ribeiro, reeditado em 1933, também para gratuidade. Outros títulos foram entregues aos leitores nessa mesma condição.

Existem traduções brasileiras modernas dessa obra como a de Dafne R.Nascimento, editada pela Federação Espírita do Estado de São Paulo, a de Salvador Gentile, pelo Instituto de Difusão Espírita (IDE), Araras, São Paulo, e a de Joaquim da Silva Sampaio Lobo (In: Iniciação Espírita, Edicel, São Paulo e Brasília).

Esse texto, pioneiro na divulgação do Espiritismo no Brasil, voltou a ser editado pela FEB, em 2007, juntamente com outros opúsculos de Kardec, traduzidos por Evandro Noleto Bezerra.

A Edicei – Editora do Conselho Espírita Internacional – tem se responsabilizado pela publicação, em vários idiomas, das obras de Allan Kardec, bem como das psicografadas por Chico Xavier, além de outros autores, cujo catálogo atinge mais de 170 títulos. Em 2009, editou O Espiritismo na sua expressão mais simples, em francês e russo; em 2010, em sueco e espanhol e, em 2011, em finlandês, fato relevante que destaca o papel do Brasil na propagação do Espiritismo pelo mundo.


Jorge Brito

Revista Reformador, dezembro 2012.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Documentário "Nos Passos do Mestre"



Nos Passos do Mestre é um filme documental que será exibido em salas de cinemas e em canais abertos e fechados, sendo posteriormente lançado em DVD. Com o objetivo de desmistificar muitas das mensagens contidas nos textos sagrados e que até hoje ainda são mal compreendidas, fomos até o Egito e Jerusalém gravar nos lugares mais significativos da história cristã.

O filme deixará claro que Jesus em momento algum quis criar qualquer religião, mas sim disseminar o amor e a paz. A reencarnação também será abordada, mostrando que tanto na Bíblia quanto no Evangelho ela esteve presente, esclarecendo que Jesus não ressucitou, como muitos acreditam.

Estas e outras passagens sagradas terão uma explicação muita mais moderna e lógica e além disso, muitos daqueles que assistirem ao documentário vão compreender pela primeira vez com a narrativa do filme, toda a sabedoria do maior filósofo, cientista, pacifista, médico e pedagogo de todos os tempos, Jesus Cristo.

Sobre a Mundo Maior

A Mundo Maior Filmes é uma produtora de cinema sediada em São Paulo, que preza pelo caráter educativo e espírita de suas obras. Representa uma unidade de negócios da Fundação Espírita André Luiz (FEAL), nascida da obra social das Casas André Luiz. A FEAL é também a mantenedora da Rede Mundo Maior de TV, Rede Boa Nova de Rádio, Editora e Distribuidora Mundo Maior e Uniespírito. A partir da criação da Mundo Maior Filmes, em 2009, a Fundação passou também a utilizar-se da sétima arte para divulgação de conteúdo educativo e espiritualista.

Em 2011, o longa metragem feito pela Mundo Maior Filmes estreou em circuito nacional. O Filme dos Espíritos, assistido por mais de 2 milhões de pessoas, ficou entre os 10 filmes mais vistos de 2011.


Lugares Sagrados

EGITO
- Local onde teria se refugiado no Egito, a Sagrada Família (José, Maria e Jesus);
- Pirâmide de Quéops, uma das sete maravilhas do mundo;
- Mar Vermelho, pelo mesmo caminho utilizado por Moisés na fuga do Egito.
- Monte Sinai, o solo sagrado onde Moisés recebeu as tábuas com os 10 mandamentos.

ISRAEL
- Nazaré, onde Maria teria recebido do Espírito Gabriel, na gruta da anunciação, a informação de que ela abrigaria em seu ventre o Mestre Jesus;
- Caná da Galiléia, lugar onde pode ter acontecido o primeiro milagre de Jesus, onde em uma festa de casamento ele transformou água em vinho.
- Monte das Bem-Aventuranças, onde Jesus supostamente proferiu o Sermão da Montanha.
- Tabgha, local da suposta multiplicação dos pães e peixes.
- Cafarnaum, local onde estão as ruínas da Casa de Pedro.
- Monte Tabor, onde ocorreu a transfiguração de Jesus;
- Emaús, caminho onde Jesus ressuscitado caminhou com os dois discípulos que só o reconheceram ao partir o pão.
- Monte Sion, onde Pedro teria se arrependido e onde Jesus celebrou a última ceia com seus discípulos.
- Belém, na Basílica da Natividade levantada sobre a Gruta onde Jesus teria nascido.
- Igreja de Santa Ana, Piscina Probática, onde Jesus curou o cego.
- Porta de Damasco, onde Saulo encontrou Jesus.
- Eilat, cidade bíblica dos tempos de Salomão.
- Via Dolorosa, percursos onde Cristo teria caminhado carregando a cruz.
- Santo Sepulcro, local onde o corpo de Jesus teria sido sepultado.
- O Calvário.
- Porta dos Leões, onde Estêvão teria sido apedrejado.
- Rio Jordão, onde Jesus foi batizado por João Batista.

Notícias Recentes

Contando com a colaboração de apoiadores do projeto, a Mundo Maior anuncia que o documentário “Nos Passos do Mestre” já encontra-se em sua fase de pré-produção e dentro em breve estará sendo exibido em salas de cinemas e posteriormente lançado em DVD e consequentemente, indo também para exibição nos canais abertos e fechados da TV. Resta-nos aguardar.


Assista ao vídeo sobre o Projeto e o documentário





Fonte: http://catarse.me/pt/nospassosdomestre

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Sofrimento pela Imagem


Na nossa trajetória para os altos níveis da evolução, muitas vezes sofremos por fatores que, no momento, nos parecem importantes. Quase sempre, no fulcro da questão encontra-se o ego exacerbado, fazendo-nos viver em função da imagem que criamos de nós mesmos. A essência que somos, em geral, similar a um iceberg, permanece esquecida nas águas mais profundas e desconhecidas por nós mesmos.

O julgamento que os outros possam fazer a nosso respeito nos condiciona a vida. A superficialidade de nosso olhar sobre o que somos nos solidifica a "figura", a personagem que criamos, nesse caminho de aprendizado. Uma das características das conquistas da alma é, exatamente, a florescência do divino reino em nós, com a nossa natureza superior apresentando-se em forma de segurança, autoestima e cada vez mais, nenhuma preocupação de representar papéis que tem a ver com uma segunda natureza própria dos estados menos avançado de cunho espiritual.

Ser o que é, sem significar ser qualquer coisa, de qualquer jeito, ainda que choque e fira as pessoas. Isso não. Ressalvo a questão em função de que, muitas vezes, somos mal educados e até violentos a título de sermos verdadeiros. Ser verdadeiro, no tocante ao avanço espiritual, é permitir a real natureza da alma luminosa, espiritualizada, se manifestar. Isso implica: enquanto muitos têm vergonha de ser delicado ou educado, de ser bom e manso, defendermos, na prática, esses valores, com naturalidade. Claro que teremos um longo caminho pela frente. Óbvio que um profundo trabalho de autoconhecimento necessita ser realizado.

Se levarmos em consideração que não conhecemos o sublime universo que somos, havemos de peregrinar, ainda, por diversos campos de experiências iluminativas. As desilusões, as frustrações, serão elementos que estarão em nosso caminho, abrindo clareiras no mundo íntimo, organizando o conhecimento em torno de nossas limitações e ignorância sobre o que somos. As máscaras, tão comuns no estágio atual, desaparecerão, permitindo a divina face se manifestar na vida e em nós.

Lembro uma passagem na vida do grande Francisco de Assis, quando diante do desânimo do irmão Egídio pelo fato de terem pregado o Evangelho no povoado em vários dias e ninguém se candidatou a segui-los. Francisco disse-lhe então: “Será, Egídio, que não estamos tristes porque não fomos exitosos e não pelo fato de não terem abertos a alma para Deus? Será que não estais tristes pela vaidade de querer fazer sucesso, e não porque não deram ouvido à mensagem de Jesus?"

Quantas vezes não agimos dessa maneira. Esperamos o aplauso do mundo; aguardamos a consideração da sociedade; embriagamo-nos ante o incenso jogado pelos corações invigilantes... e ficamos depressivos quando a louvação ou a compreensão do mundo não nos chega à alma carente. E assim, também, nas experiências em família, no campo profissional, no convívio social, etc.

Temos muito o que caminhar, é verdade, no entanto, precisamos caminhar. Temos que ter o começo. Comecemos. Importante o primeiro passo. Se já o fizemos, que venha o segundo passo e todos os demais. Por-se a caminho, aprendendo sobre si mesmo, dilatando o poder de compreender a vida e os outros.


Frederico Menezes

Artigo publicado no blog do Frederico Menezes, maio de 2013.

Frederico Menezes é publicitário, nasceu em Cabo de Santo Agostinho, PE. Atua no movimento espírita como médium psicógrafo e palestrante. Autor dos livros Páginas da Eternidade, Pontos Luminosos, Oferenda de Amor, Nova Esperança, Ajuda-te e Fome de Amor, psicografados; dentre outros, Frederico Menezes destina os Direitos Autorais às obras sociais da Fundação Espírita Lar do Amanhã, instituição que ampara famílias e crianças carentes, e ao Grupo Espírita da Paz, ambas em sua cidade natal.

sábado, 17 de agosto de 2013

O “Homem Biônico” na Expectativa Espírita


Recentemente o Museu da Ciência de Londres exibiu um protótipo de “homem biônico”, construído com órgãos e membros artificiais, provindos de várias partes do mundo. Richard Walker, perito em robótica, afiança que diversas próteses empregadas no “homem biônico” passaram por avaliações clínicas e são empregadas na vida real, a fim de aperfeiçoar a vida de deficientes físicos. John Maguire, repórter da BBC, descreve que é possível ouvir as palpitações cardíacas do “homem biônico” e ver seus órgãos funcionando.

Em Barcelona, há três anos, Neil Harbisson criou a Fundação Ciborgue, a fim de auxiliar pessoas a lidar com a incorporação de dispositivos tecnológicos (próteses) no corpo físico. Harbisson crê não haver nada mais humano do que usar tecnologia como parte do corpo. Há dez anos, ele próprio, que só enxerga o mundo em branco e preto, tem usado um "olho eletrônico" (semelhante a uma antena) acoplado à sua cabeça, interligado a um programa de computador que identifica e descreve as cores para o cérebro.

O renomado físico britânico Stephen Hawking foi diagnosticado, em 1963, com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) ou “doença de Charcot”, moléstia degenerativa que paralisa os músculos do corpo. Na década de 1980, foi capaz de usar pequenos movimentos do polegar para mover um cursor de computador de modo a escrever frases. Sua condição piorou mais tarde e teve de mudar para um sistema que detecta o movimento em sua bochecha direita, através de um sensor infravermelho instalado em seus óculos, que mede, por sua vez, mudanças na luz.

Em 2011, Hawking permitiu que analisassem seu cérebro empregando um dispositivo chamado iBrain, desenvolvido pela Neurovigil, com sede no Vale do Silício (EUA). Posteriormente, a Intel anunciou que havia começado a trabalhar na criação de um novo sistema de comunicação para Hawking, depois de um pedido do físico ao cofundador da empresa, Gordon Moore. A fabricante de chips desenvolveu um novo software de reconhecimento facial 3D para acelerar a velocidade com que Hawking pode escrever.
Imaginemos um braço ou uma perna biônicos que possam ser conectados inteiramente no sistema nervoso do homem. Isso poderá admitir que o cérebro domine o funcionamento de dispositivos tecnológicos e que seu portador receba impressões detectados por ele, como o calor de uma chama ou a compressão de um aperto de mão. Em verdade, controlar um cursor na tela de um computador usando apenas a mente e as descargas elétricas do cérebro não é nenhuma notícia inédita. Há muitos usos para essa tecnologia, incluindo o desenvolvimento de técnicas para restaurar a comunicação de pacientes que perderam a fala devido a danos cerebrais ou às suas cordas vocais. Os pesquisadores já utilizam os chamados implantes neurais para que pacientes possam "falar" diretamente com o computador.

As interfaces cérebro-computador normalmente usam implantes colocados no córtex motor - os pacientes movem o cursor pensando em mover um braço ou uma perna, por exemplo. Os chips neurais são implantados na superfície do cérebro de pessoas com epilepsia para rastrear a fonte dos disparos neuronais que causam as crises. Se estivéssemos na década de 1960, estaríamos assombrados com a tecnologia atual. Jazeríamos assustados seguramente ante o avanço científico dentro do qual a vida terrestre vai velozmente marchando para um futuro promissor.

"Tudo se deve fazer para chegar à perfeição e o próprio homem é um instrumento de que Deus se serve para atingir Seus fins. Sendo a perfeição a meta para que tende a Natureza, favorecer essa perfeição é corresponder às vistas de Deus.” (3) É evidente que a ciência coeva realiza façanhas surpreendentes em todas as esferas da matéria; contudo, urge que os nossos sentimentos permaneçam plugados com as leis do amor que o Cristo nos deixou. Os legítimos aspectos da evolução científica não serão exclusivamente o de uma automatização da realidade social, porém, principalmente, o de uma sociedade mais fraterna, pacata, em que o bem prepondere e em que todos tenham a probabilidade de desfrutar da tecnologia.

A Doutrina dos Espíritos vem cooperar na deteriorização do materialismo e no aprimoramento moral do homem, seja comprovando a vida espiritual, seja fornecendo conteúdo revolucionário para a instauração de uma sociedade reconstruída nos alicerces do amor ante os novos tempos que já se iniciam.

Agradeçamos as benesses que Deus outorga para aconchego e desenvolvimento material da sociedade, entretanto não negligenciemos a edificação moral, pois somente com esforço e disciplina moral obteremos sustentáculo psicológico e espiritual para resistirmos às requisições desta Nova Era que já bate palmas no portão do Planeta.

Desse modo, é imperioso solidarizar-nos e respeitar-nos uns aos outros, sem o que o avanço tecnológico e a comodidade terrena consistam em matriz de enfado e delito moral, e a conquista científica se erga em esplêndido castelo em que seguiremos padecendo sob o guante da dor e à míngua de amor. Avaliemos a ética com que será feita a escavação científica, as benfeitorias que possam trazer para o homem hoje ou no futuro.


Jorge Hessen

Publicado em Artigos Espíritas/ agosto de 2013.


Referências:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2013/07/130723_ciborgue_rp.shtml acesso em 10/08/13
O iBrain é um sistema que se assemelha a um fone de ouvido e registra as ondas cerebrais por meio de leituras de eletroencefalograma (EEG) a partir da atividade elétrica do couro cabeludo do usuário.
Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Perg. 692, RJ: Ed. FEB. 2001

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Atuação conjunta pelo Movimento Espírita


Antonio Cesar Perri de Carvalho, presidente da FEB, de forma interina desde maio de 2012 e efetivo a partir de março de 2013, foi entrevistado por Jorge Hessen para mídia eletrônica. Numa síntese, transcrevemos algumas questões relacionadas com o Movimento Espírita.

Jorge Hessen: Quais os grandes desafios vistos para o Movimento Espírita brasileiro?

Antonio Cesar Perri de Carvalho: Estamos vivendo vários desafios. A ideia de difundir o Espiritismo, na sua pureza, é um grande desafio, pois, conforme as várias orientações de Allan Kardec, sempre haveria alguma tendência natural de se valorizar pessoas, de se personalizar, e com isso, o que assistimos é que há uma diferença entre a proposta de Kardec e algumas práticas. Por exemplo, na Apresentação de O evangelho segundo o espiritismo, Allan Kardec esclarece que, a pedido da maioria dos médiuns, não os nomeou junto às mensagens, colocando apenas o nome dos Espíritos, a cidade e a data. Para o Codificador era mais importante o conteúdo das mensagens do que o nome do médium. Infelizmente, notamos que hoje em dia muitas pessoas, antes de ler o texto, querem saber primeiro quem é o médium, ou seja, inverte-se a situação.

Urge buscar, acima de tudo, a coerência doutrinária e maior compatibilidade com a base da Codificação em vez de ficarmos exaltando ou levantando fileiras em torno de médiuns A, B, C ou D, ou seja, temos que somar, independentemente de quem seja o médium, desde que a mensagem tenha coerência e esteja fundamentada nas obras de Kardec: esse é o grande desafio.

Jorge Hessen: Os princípios institucionalizados da Unificação inibem o ideário da união espontânea entre os espíritas?

Antonio Cesar Perri de Carvalho: A rigor, não. Em 1949, foi definido através do Pacto Áureo um itinerário de ação, dando origem ao CFN – Conselho Federativo Nacional –, que é composto pelas Entidades Federativas Estaduais com base na obra de Allan Kardec.Hoje em dia, dentro do contexto da ideia de união e de unificação, podemos perfeitamente estabelecer propostas de união e de parceria entre várias instituições, somando esforços; portanto não há necessidade, desde que haja propósitos comuns, de ficarmos na dependência de conceitos antigos de controles. Essa é a ideia.

Jorge Hessen: O modelo federativo foi idealizado por mentes superiores, não temos dúvidas. O crescimento do Espiritismo gera distorções e perda na qualidade da mensagem e da prática espírita – é fato – fenômeno sociologicamente explicável. Boa parte dos dirigentes de casas espíritas nem sempre valorizam as ações dos órgãos de Unificação, atribuindo-lhes caráter meramente administrativo, burocrático, com pouco sentido prático. Considerando a sua larga experiência doutrinária, como fundador de mocidade espírita, conselheiro e presidente da União Municipal Espírita de Araçatuba, membro fundador de Centro Espírita, diretor e presidente da USE-SP (União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo) e, por fim, presidente da Federação Espírita Brasileira, quais as ações que pretende desenvolver para aproximar a FEB das casas espíritas?

Antonio Cesar Perri de Carvalho: Vou me reportar à minha primeira experiência. Quando era muito jovem, assumi a presidência da União Municipal Espírita de Araçatuba (Umea) – órgão da USE-São Paulo. Naquele momento, lutei contra essas dificuldades, porque o Movimento de Unificação era recente, tinha apenas 20 anos (pós-Pacto Áureo). Nessas condições, havia certa confusão entre as lideranças espíritas, sobretudo de qual seria a função do órgão unificador.

Alguns tinham receio de que seria um órgão controlador ou fiscalizador. Por outro lado, havia muitas pessoas (jovens) no Movimento de Unificação que também pensavam assim, o que gerava muitos conflitos. As reuniões eram simplesmente administrativas; então, quando assumimos a presidência da Umea, dentro desse contexto, tornamos as reuniões minimamente administrativas e preponderantemente voltadas para diálogos, para as propostas de ação, juntando esforços, de tal modo que conseguimos descentralizar, fazendo as reuniões em rodízios pelos centros espíritas da cidade. Aproveitamos as experiências para que elas se tornassem coletivas.

Essa a ideia que, guardadas as devidas dimensões, ainda seguimos, embora atualmente exista uma abrangência gigantesca e um grau de complexidade muito maior, mas mantivemos essa postura para tornar mais dinâmicas as reuniões do CFN. Por exemplo, conseguimos suprimir a leitura de relatórios, e hoje as Federativas encaminham um relatório por meio de formulário eletrônico, que é transferido para DVD e distribuído. Desse modo, utilizamos a reunião para discutir planos de ação e, assim, avaliarmos situações que merecem ser debatidas para o desenvolvimento espírita. Entendemos que esse seja o melhor caminho.

Jorge Hessen: Proliferam no mercado editorial e nos meios de comunicação, em especial a Internet, obras ditas espíritas, de valor duvidoso, quando não atentatórias aos postulados doutrinários. Como a FEB, Casa Mater do Espiritismo, encara essa realidade e como pretende atuar no bom combate?

Antonio Cesar Perri de Carvalho: A FEB vive um problema, digamos, muito complexo, pois há obras bastante duvidosas e muito divulgadas no meio espírita. Se de um lado a FEB apontar os deslizes doutrinários, vão dizer que a Instituição vai passar ideias do Index Librorum Prohibitorum. Até mesmo na Internet surgem informações afirmando que a FEB fez essa proibição, o que não é verdade. Então, o procedimento que adotamos é o seguinte: evitamos, como Instituição, fazer críticas a qualquer obra, mas sugerimos a leitura das boas obras já consagradas, razão pela qual estamos difundindo cada vez mais a ideia de quão necessária é a leitura das obras de Kardec. Recentemente, foi aprovada a inserção de uma antiga campanha da USE “Comece pelo Começo”, ou seja, comece pelas obras de Kardec. Nós vamos introduzi-la também na FEB, junto a vários cursos, inclusive o Esde. Optamos por esse caminho para fazer a divulgação da Doutrina Espírita.

Jorge Hessen: Numa sociedade mercadológica/ mercantil em que eventos espíritas pagos em geral se apresentam em números cada vez maiores, qual deve ser a postura da FEB?

Antonio Cesar Perri de Carvalho: Estamos ultimamente bastante preocupados com isso, inclusive decidimos, por exemplo, que o 4º Congresso Espírita Brasileiro não seja realizado em Brasília, porque o custo da realização de um Congresso Brasileiro em Brasília é muito alto.

Realizaremos quatro congressos simultâneos e, pela estimativa que temos, quatro eventos terão um dispêndio financeiro menor comparado a um só realizado em Brasília; então a questão aí é clara: temos que pensar na simplificação, excluir qualquer ostentação e aplicar os recursos ao mínimo necessário.

Qual o cenário atual? Infelizmente, ainda não temos uma maneira adequada de angariar recursos ou forma de investimento de quem participa; porém, o que almejamos é minimizar os gastos. O procedimento que vamos adotar no 4o Congresso Espírita Brasileiro seguirá os moldes de uma experiência vivida em São Paulo, considerando os atuais congressos espíritas paulistas.

O inscrito, quando paga a taxa de participação, está simultaneamente comprando um “vale-livros”.

Dessa forma, com o valor do vale, ele vai retirar na livraria do Congresso aquele valor em livros. Então, ficará por conta das editoras trabalhar também com um custo baixo para que as pessoas se beneficiem com o Congresso e com a obra, levando ainda um livro ou mais de um livro.

Jorge Hessen: Com o advento dos tablet’s, PDA’s, leitores digitais e o grandioso espaço que a Internet propicia – vislumbrando um futuro próximo em que as novas gerações deixarão o papel de lado –, não seria oportuno a FEB estabelecer um programa permanente de disponibilização de novos livros e obras espíritas para download, a preços módicos, em seu site, instituindo até mesmo uma nova fonte de renda?

Antonio Cesar Perri de Carvalho: Começamos no segundo semestre de 2012 a disponibilizar para download livre, na Internet, as antigas apostilas da FEB e as obras da Codificação. O que está sendo estudado pela FEB Editora hoje é disponibilizar para download, por um preço acessível e com um selo de garantia da FEB, os demais livros.

O que está ocorrendo? Há uma constatação de que quase todos os livros espíritas que estão disponíveis na Internet para downloads não são autorizados. Já verificamos também livros da FEB disponíveis para download com várias incorreções: incompletos, parágrafos e capítulos suprimidos, ou seja, a pessoa que acessa essas obras está sujeita a ser enganada. Desta forma, o único caminho hoje, e não adianta discutirmos, é disponibilizá-los para download com preço acessível e o selo febiano de garantia.

Jorge Hessen: Será que livros gratuitos na Internet gerariam impacto financeiro, em se tratando de uma prática comum atualmente? Será que os livros virtuais não dariam maior visibilidade ao Portal da FEB, ou seja, não tornaria o site uma robusta ferramenta de divulgação da Nova Luz para o mundo?

Antonio Cesar Perri de Carvalho: Considerando os livros virtuais, bem como as assinaturas de revistas, a FEB já disponibiliza a assinatura digital de Reformador. A pessoa interessada pode escolher entre a assinatura digital e a assinatura digital e impressa. No caso dos livros, é o caminho do futuro, e pelas tendências do mercado, isso não inviabiliza a impressão. Fica às vezes muito complicado termos um livro, por exemplo, para ser lido ou acessado pelo tablet. Dificilmente o livro está completo, inteiro e disponível o tempo todo para o leitor, além de ficar cara a impressão doméstica. É muito comum as pessoas se utilizarem do livro digital para pesquisa rápida, mas, ainda querem saborear o livro impresso também, por isso creio que é um mercado novo no Brasil, enquanto nos EUA ele é muito desenvolvido. Entendo que a vida virtual é o presente e o futuro, e que nós temos que passar por uma transição.

Jorge Hessen: Suas palavras finais.

Antonio Cesar Perri de Carvalho: As nossas palavras finais são de sugestão aos espíritas para que aproveitemos o momento que estamos vivendo, que é o período, segundo Emmanuel, de aferição de valores, bastante delicado e sensível, pois todos temos compromissos individuais e coletivos; e com relação ao Movimento Espírita, é muito importante lembrar que o nosso trabalho deve ser respaldado na união, na concórdia e na benevolência recíproca. Isso é que deve animar a nossa atuação conjunta no Movimento Espírita e no relacionamento com a própria sociedade.


Entrevista e Imagem (foto) de Antonio Cesar Perri de Carvalho da Revista Reformador, Agosto de 2013

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Setenta anos do Livro Renúncia

Neste ano, “Renúncia” - romance mediúnico publicado originalmente em 1943, escrito pelo espírito Emmanuel, por intermédio da psicografia de Francisco Cândido Xavier - completa 70 anos. Trata-se, conforme qualificou o autor espiritual, de “[...] um livro de sentimento, para quem aprecie a experiência humana através do coração”.

A obra, em termos essenciais, volta-se à divulgação de aspectos da mensagem rediviva da Boa Nova, consubstanciados em sublimes gestos transcorridos em uma época distanciada dos primeiros séculos do Cristianismo: entre 1662 e o início do Setecentos.

Em “Renúncia” é contada a história de Alcíone, um espírito missionário reencarnado na Terra, fiel a Jesus, que soube aclimatar a flor do Evangelho ao contexto em que viveu. Acerca da personagem, destacou Emmanuel: “Sua vida não representava um feixe de atos comuns, mas um testemunho permanente de sacrifícios santificantes. Sua conduta, na alegria e na dor, na felicidade e no obstáculo, era um ensinamento generoso, em todas as circunstâncias. Creio que ela nunca satisfez a um desejo próprio, mas nunca foi encontrada em desatenção aos desígnios de Deus. Jamais a vi preocupada com a felicidade pessoal; entretanto, interessava-se com ardor pela paz e pelo bem de todos. queria sempre revelar as ideias nobres de quantos a rodeavam, a fim de os ver amados, otimistas e felizes”.

Sob essa perspectiva, a existência de Alcíone se configura em roteiro de ação e conduta, permeado por exemplificações de como os fundamentos do Evangelho podem ganhar vida - deixando de ser “letra morta” - quando assimilados, em termos práticos, às vivências cotidianas das pessoas.

Pode-se dizer, por conseguinte, que a trajetória da personagem de “Renúncia” se deu, em termos essenciais, no testemunho de algumas das máximas proferidas por Jesus, durante o Sermão do Monte: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem-aventurados os humildes, porque herdarão a Terra! Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor à justiça, porque deles é o Reino dos Céus!...”

Esclarece-se que as bem-aventuranças, assim como as demais lições manifestas na Boa Nova, trabalham a questão da harmonização do sentimento, presente no íntimo das criaturas, conforme o diapasão da Lei de Amor - que é a força que rege e equilibra o Universo. Sob esse viés, a história narrada em “Renúncia” se apresenta permeada por ensinamentos em torno de temas como a “esperança”, o “otimismo”, a “confiança” na Providência Divina e a “dedicação” ao próximo.

Tais atitudes - possíveis de serem apreendidas, sobretudo, dos gestos sublimes de Alcíone - aparecem detalhadas no romance de modo a servir de roteiro e fonte de inspiração para melhor conduzirmos, em termos morais (práticos), as nossas vidas.

Por isso, em conformidade com as palavras de Jesus supracitadas - repetidas a Alcíone por Antênio, seu mentor, quando ela regressava ao plano espiritual - sugere-se que a personagem de “Renúncia” se configura em modelo de resignação, humildade e amor à justiça divina.

Nesse sentido, assim como os demais romances assinados por Emmanuel - “Há dois mil anos”, “Cinquenta anos depois”, “Paulo e Estevão” e “Ave, Cristo!” - a obra em questão se volta à divulgação de exemplos de vida pautados pelas lições e pelos princípios do Evangelho.

Portanto, a história de dedicação e amor renunciado de Alcíone se direciona, sobretudo, a nos servir de estímulo ao desenvolvimento de determinados padrões de sentimento (inspirados nas lições e nos ensinamentos da Boa Nova) a se manifestarem, dinamicamente, nas nossas ações e condutas cotidianas.


Flavio Rey de Carvalho

Folha da Região, Araçatuba-SP, 26.06.2013


Flávio Rey de Carvalho integra equipe do Nepe-FEB (Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho, da Federação Espírita Brasileira). Ele descreve esta Face Espírita para publicação exclusiva na Folha.

domingo, 11 de agosto de 2013

No dia dos Pais


A nobreza da vida consiste no viver, na maneira de viver, naquilo porque devemos viver.

Assim ensinou Jesus e assim você o faz pai...

Ama, procura e se ocupa somente do bem.

Tem o verdadeiro sentido da vida. Em torno de você brilha Jesus.

Você fala de amor e eu me abrigo em seu coração.

E vou crescendo em graça, no conhecimento da verdade.

Essa energia que vem de você semeia o meu caminho, inspira os meus sonhos, conforta os obstáculos.

Mais do que palavras é exemplo de virtude e fé.

Hoje dia dos pais, paro para te olhar, seu rosto, seu sorriso, seus olhos.

Quanta grandeza e esplendor.

Um dia Jesus revelou Deus ao homem. Me levou a Deus e, assim, em sua infinita bondade me ofereceu tudo, dando-me você pai.

No canto alegre das orações onde há esperança para quem nele acredita, o coloco você meu pai...

Feliz Dia dos Pais!

Tenha as bênçãos do Senhor!


Uma mensagem do Momento Espírita.


Desejo a todos os pais , muitas felicidades e paz por esse dia!

Carlos Pereira

sábado, 10 de agosto de 2013

O Materialismo e as Bases do Edifício Social


Sem causas no ontem e sem consequências para o amanhã, como enxergar justiça no materialismo?

Quanto mais predomina o materialismo em uma sociedade, mais ela se apresentará como descumpridora dos deveres sociais que têm por base os três princípios: fraternidade, igualdade e liberdade.

Estes princípios, quando integralmente aplicados, dão sustentabilidade à ordem social e ao progresso da humanidade.

Faremos uma avaliação seguindo a ordem de importância para a realização da felicidade social através destes três conceitos: fraternidade, igualdade e liberdade.

A fraternidade é a síntese dos deveres dos homens uns para com os outros; é a concretização do ensinamento de Jesus: “proceder para com os outros como queríamos que os outros procedessem para conosco”.

Em uma sociedade onde se viva fraternalmente não haverá privilégios, todos se tratarão como irmãos. O lema característico do egoísmo, “cada qual por si”, cederá lugar ao “todos por todos”, e o dever do forte será proteger o fraco, jamais explorá-lo.

A igualdade é consequência da fraternidade e tem como maior inimigo o orgulho, responsável pela atitude pretensiosa de merecer privilégios e exceções. O orgulho poderá até suportar a igualdade social, mas, na primeira oportunidade a destruirá. É realmente uma das chagas da sociedade e oporá obstáculo à verdadeira igualdade.

A liberdade é filha da fraternidade e da igualdade. Em uma sociedade onde os homens vivem como irmãos, são valorizadas a cidadania e a igualdade de direitos, indispensáveis à justiça social, não causarão dano uns aos outros e a liberdade jamais se transformará em anarquia, pois, ninguém abusará dela em prejuízo dos seus semelhantes.

Disse Allan Kardec que estes três princípios são solidários entre si e se prestam mútuo apoio; sem a reunião deles o edifício social não estaria completo. A fraternidade não pode ser praticada em toda a sua pureza, com exclusão dos outros dois, pois, sem a igualdade e a liberdade, não há verdadeira fraternidade. A liberdade sem a fraternidade é rédea solta a todas as más paixões, que desde então ficam sem freio; com a fraternidade o homem nem um mau uso faz da sua liberdade: é a ordem; sem a fraternidade, usa da liberdade para dar curso a todas as suas torpezas: é a anarquia, a licença. Por isso é que as nações mais livres se veem obrigadas a criar restrições à liberdade. A igualdade sem a fraternidade conduz aos mesmos resultados, visto que a igualdade reclama a liberdade; sob o pretexto de igualdade, o pequeno rebaixa o grande, para lhe tomar o lugar, e se torna tirano por sua vez; tudo se reduz a um deslocamento de despotismo.

Conhecida a imensa importância da observância destes princípios em uma sociedade, a que conclusão chegaríamos se fosse essa sociedade regida pelo materialismo?

Antes de qualquer resposta precisamos tecer breve comentário a respeito da doutrina materialista. Ela é uma doutrina filosófica que surgiu na Grécia, no século VI a.C., através de alguns filósofos que refutavam as argumentações religiosas; aderiram à ideia de que o conhecimento resulta da observação da natureza, seguida do raciocínio de que a única substância que existe é a matéria; tudo tem sua origem nela. Afirma também que tudo o que acontece na natureza tem uma causa simples e única – o acaso. A inteligência é resultado de complexas operações cerebrais e o homem nada era antes e nada será depois da vida corporal.

Nesta linha de pensamento do materialismo, percebe-se que inexiste o ontem e o amanhã, e que tudo tem origem na matéria como resultado do acaso; busca apenas soluções imediatas para os complexos problemas que exigem tempo e paciência. Não vê lógica em sacrificar o repouso ou o bem-estar por causa dos outros.

Nesse modelo de sociedade, onde não há o mínimo de disposição entre seus componentes ao sacrifício de uns pelos outros, a prática da fraternidade torna-se impossível. E esta impossibilidade também torna impossível os outros dois princípios: igualdade e liberdade.

Ora, como estes três princípios constituem a base do edifício social, sem eles teremos uma sociedade frágil, onde predominarão a injustiça, o despotismo e anarquia.

Dessa forma conclui-se que o materialismo, por desvalorizar estes princípios, estimula a injustiça e a desordem social, pondo em risco a sustentabilidade da sociedade.


– KARDEC, A. Obras Póstumas. FEB, 17ª. ed., pag. 233-237.


F. Altamir da Cunha, Jornal O Clarim Julho 2013
^