quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Cultura de Paz

Síria cumpre prazo para destruir instalações de produção de armas químicas





BEIRUTE, 31 Out (Reuters) - A Síria destruiu ou tornou inoperáveis todas as instalações de fabricação e mistura de armas químicas no país, cumprindo um importante prazo no ambicioso plano de desarmamento definido pela comunidade internacional, disse nesta quinta-feira a organização internacional responsável pelo desarmamento químico.

A Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq), ganhadora do Prêmio Nobel da Paz neste mês, diz ter inspecionado 21 das 23 instalações apontadas pela Síria. O acesso às outras duas era perigoso demais, mas a Opaq disse que os equipamentos químicos desses locais já haviam sido transferidos para outras instalações que foram inspecionadas. Uma terceira instalação foi inspecionada remotamente.

O prazo para tornar as instalações inoperáveis terminava em 1º de novembro. Agora, a Opaq e o governo sírio têm até o dia 15 de novembro para definir um plano de destruição detalhado para as mais de mil toneladas de munições e agentes químicos em poder da Síria.

O plano de desarmamento resultou de um acordo entre Rússia e EUA, para evitar que o governo norte-americano bombardeasse a Síria em represália contra um ataque com gás sarin que matou centenas de civis nos arredores de Damasco em 21 de agosto.

"Este foi um importante marco no esforço por eliminar o programa de armas químicas da Síria", disse Ralf Trapp, especialista independente em desarmamento químico.

"A maioria dos sites e instalações declarados pela Síria e pela Opaq foi inspecionada, seus estoques foram verificados, o equipamento para a produção de armas químicas foi inutilizado e colocado fora de uso, e algumas armas não preenchidas também foram inutilizadas."

O governo de Bashar al-Assad aceitou abrir mão do seu arsenal químico apesar de negar a autoria do massacre de agosto, pior incidente com armas químicas no mundo desde o ataque a curdos do Iraque em 1988.

Assad tem até meados de 2014 para destruir todo o seu arsenal químico.

A missão da Opaq ocorre em meio a uma guerra civil que já dura mais de dois anos e meio e deixou mais de 100 mil mortos. Havia preocupações de que não houvesse condições para um desarmamento efetivo, mas a Opaq diz que as autoridades sírias estão cooperando.


(Reportagem adicional de Anthony Deutsch)


Nobel da Paz 2013


Organização para a Proibição de Armas Químicas leva o Nobel da Paz 2013


A Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) venceu o prêmio Nobel da Paz de 2013 pelo seu trabalho em eliminar armamentos que assombram gerações desde a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) até o conflito civil na Síria. A Opaq foi formada em 1997 para impor a Convenção das Armas Químicas, o primeiro tratado que proíbe esse tipo de armamento.

Com base em Haia, na Holanda, teve seu trabalho fora dos holofotes até esse ano, quando as Nações Unidas convocou seus especialistas para ajudar na investigação dos supostos ataques químicos na Síria.

"As convenções e o trabalho da Opaq definiram o uso de armas químicas como um tabu sob a lei internacional", disse o comitê do Nobel. "Os últimos eventos na Síria, onde as armas químicas foram novamente usadas, destacaram a necessidade de fortalecer os esforços para livrar o mundo dessas armas."

O diretor-geral da Opaq, Ahmet Uzumcu, disse que o prêmio era um reconhecimento do trabalho do grupo pela paz mundial nos últimos 16 anos. "Mas é também um reconhecimento dos esforços da nossa equipe, que estão agora na Síria, que estão, de fato, fazendo um corajoso esforço lá para cumprir suas obrigações", disse a uma TV norueguesa.

A divulgação do Nobel de Economia 2013 encerrará a rodada na próxima segunda-feira (14). Os prêmios serão entregues no dia 10 de dezembro, data da morte do fundador do evento, o sueco Alfred Nobel, químico, engenheiro e industrial, conhecido também pela invenção da dinamite. Ele não deu detalhes do que a organização pretende fazer com o prêmio no valor de US$ 1,2 milhão.

Ao dar o prêmio a uma organização internacional, o comitê do Nobel encontrou uma maneira de destacar a sangrenta guerra civil síria, que está em seu terceiro ano, sem dar preferência a nenhum grupo envolvido. A guerra já deixou mais de 100 mil mortos e forçou mihões de sírios a deixar suas casas e o país, segundo a ONU.





Fontes:

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Imagem e Mensagem

Para ser Feliz - Emmanuel


Mensagem do Espírito Emmanuel, psicografada por Chico Xavier acompanhada por belas imagens de pássaros e a música new age de Enya.


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Aura Celeste, Sinônimo de Caridade


GRUPO SOCORRISTA “AURA CELESTE”

1996 – 2013


A Instituição Beneficente “A Luz Divina” a cada passo que deu no decorrer dos 57 anos de sua existência, com muita alegria viu o trabalho frutificar e crescer com o incentivo dos Mentores Espirituais, sob o manto de Jesus, com as bênçãos de Deus, e o trabalho perseverante e anônimo de tantos seareiros que lutaram e lutam, dia-a-dia, noite-após-noite, para que a bandeira da Caridade seja levada adiante, em prol de tantos que necessitam de auxílio.

Assim é que, em abril de 1996, começou a atuação do Grupo Socorrista “Aura Celeste” – grupo que sai às ruas, todas as noites, de segunda a sexta-feira, para levar alimento aos moradores em situação de rua.

Como nasceu este trabalho?

A Instituição Beneficente “A Luz Divina” abraçou este trabalho que se iniciou através dos alunos do 5º Ano, do Curso de Educação e Treinamento Mediúnico, em 1995, e “Aura Celeste” foi lembrada para ser a mentora do Grupo Socorrista, tendo suas palavras inscritas na história da sua dedicada vida como mãe, educadora, poetisa, médium:

“Ser mãe de órfãos, graça do céu que não trocaria por todo o ouro e todas as grandezas do mundo”.

“Aura Celeste” é o pseudônimo de Adelaide Augusta Câmara (1874-1944). Veja sua biografia em nosso blog, clicando aqui.

Como é feito este trabalho?

O grupo conta com 150 voluntários que trabalham em duas etapas:

1º) Preparação dos lanches: são 400 pães, com margarina e queijo prato, por dia, embalados dois por saquinho e 189 caixinhas (200 ml) de bebida láctea sabor chocolate.
A equipe de voluntários para a preparação dos lanches se compõe de 5 grupos de 6 voluntários. No grupo, um é o dirigente. O compromisso de cada grupo é de apenas uma vez por semana, na Sede do Grupo, no horário das 17h às 19h.

2º) Entrega nas ruas: são 20 equipes com 6 voluntários. Cada grupo trabalha um dia do mês, com saída às 20h30 e retorno por volta das 22h30. Ao retornar, o grupo deve ainda se preocupar com a limpeza dos utensílios, mantendo o local preparado para o dia seguinte.

A entrega é feita na área central da cidade: Largo São Francisco, Praça da Sé, Mercado e Baixada do Glicério. A frequência de atendimento diário, de segunda a sexta-feira, em média, é de 180 pessoas por noite.

Dados complementares

A pesquisa do censo da população em situação de rua, na municipalidade de São Paulo, recenseou no ano de 2011 um total de 14.478 (quatorze mil quatrocentos e setenta e oito) indivíduos, sendo 6.765 (seis mil setecentos e sessenta e cinco) em situação de rua e 7.713 (sete mil setecentos e treze) em centros de acolhida da capital.

Quantidade de pessoas em situação de rua, por distrito da área central em 2011:

Distritos

Santa Cecília................ 1.197
Sé .…......................... 1.171
República....................... 719
Brás ............................. 495
Bom Retiro..................... 197
Consolação..................... 159
Bela Vista....................... 135
Liberdade ....................... 92
Cambuci ......................... 77
Pari ................................ 77
Total.......................... 4.319

Infraestrutura e normas de trabalho

“A Luz Divina”, em sede própria, disponibiliza local apropriado para a preparação dos lanches, de acordo com as normas sanitárias e custeia todos os alimentos distribuídos. O atendimento aos moradores em situação de rua é feito de segunda a sexta-feira, conforme acima explicado. A sede está na Travessa Carlos Alberto G. Kfouri (travessa da Avenida Horácio Láfer, entre nºs 671 - 721), no Itaim Bibi, CEP 04538-083 São Paulo – SP.

Todos voluntários inscritos previamente seguem as normas da Instituição Beneficente “A Luz Divina”.


Coordenador: Eduardo Augusto de Almeida



Acesse o site da Instituição “A Luz Divina”, conheça e contribua você também com esse trabalho, clicando aqui.

Grupo Socorrista Aura Celeste: http://www.aluzdivina.org.br/FR_Social.asp?g1=36

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Extra: Lembrando Kardec


O mês de outubro também é marcado pela passagem da data de nascimento do emérito mestre de Lyon, Allan Kardec, o codificador da doutrina espírita. Esse artigo faz parte da revista Reformador do mês vigente e traz um documento histórico que registra de forma efetiva a data.

Foi realmente em Lyon que, a 3 de outubro de 1804, nasceu de antiga família lionesa, com o nome de Rivail, aquele que mais tarde devia ilustrar o nome de Allan Kardec e conquistar para ele tantos títulos à nossa profunda simpatia, ao nosso filial reconhecimento.

Certidão de nascimento de Alan Kardec


Eis, a tal respeito,um documento positivo e oficial:

‘Aos doze do vindemiário do ano XIII, auto do nascimento de Denizard Hyppolyte-Léon Rivail, nascido ontem às 7 horas da noite, filho de Jean-Baptiste-Antoine Rivail,magistrado, e Jeanne Duhamel, sua esposa, residentes em Lyon, rua Sala, no 76. O sexo da criança foi reconhecido como masculino. Testemunhas maiores: Syriaque-Frédéric Ditmar, diretor do estabelecimento das águas minerais da rua Sala, e Jean-François Targe, mesma rua Sala, por requisição do médico Pierre Radamel,rua Saint-Dominique, nº 78.

Feita a leitura, as testemunhas assinaram, assim como o administrador da divisão do Sul. O presidente do Tribunal,(assinado): Mathiou. Confere com o original:

O escrivão do Tribunal, (assinado): Malhun.’”[...]

“O futuro fundador do Espiritismo recebeu desde o berço um nome querido e respeitado, e todo um passado de virtudes, de honra,de probidade; grande número de seus antepassados se havia distinguido na advocacia e na magistratura, por seu alento, saber e escrupulosa probidade. Parecia que o jovem Rivail devia sonhar, ele também, com os louros e as glórias da sua família. Tal, porém, não sucedeu, porque, desde o começo da sua juventude, ele se sentiu atraído para as Ciências e para a Filosofia.”


Fonte: Biografia de Allan Kardec, por Henri Sausse, tradução de Evandro Noleto Bezerra, FEB Editora, capítulo do mesmo nome, itens Nascimento e Batismo. (Transcrição parcial.)
Revista Reformador , outubro 2013 
Certidão de nascimento de Alan Kardec: Revista Espírita Histórica.

domingo, 27 de outubro de 2013

Sopradas por Anjos

Anjo Bom - Flávio Venturini


Flávio Venturini interpretando ao vivo com a participação de Lô Borges a canção “Anjo Bom”, de sua autoria com a parceria de Ronaldo Bastos.

sábado, 26 de outubro de 2013

Louvor, Rogativa e Gratidão


Quando você despertar, cada dia, defrontando a mensagem luminosa do sol fecundo e aspirando o ar puro e balsâmico da generosa Mãe Natureza, escutando a voz do vento no arvoredo feliz e produtivo a misturar-se à sinfonia canora das avezitas e dos animais, ore em louvor ao Pai Celeste, que lhe propicia mais uma oportunidade de luta na grande estrada da existência terrena.

Quando a dor, em forma de agonia e solidão ou vestida de enfermidade e amargura, abraçar-lhe o corpo frágil, atingindo-lhe a alma sedenta de paz, descoroçoando o seu ânimo e escurecendo o céu da sua paisagem íntima, ore, rogando inspiração e socorro para vencer a fragilidade orgânica e superar o testemunho moral, atravessando a ponte da dificuldade.

Quando o desrespeito físico houver sido regularizado e a inquietação se amainar no solo do espírito, envolvendo-o em doce e plácida serenidade, ore, agradecendo a gentileza divina que o enriqueceu de favores em forma de harmonia e paz.

Louve o Senhor em todos os dias da sua vida, cantando o amor no trabalho venturoso em favor de todas as criaturas.

Rogue-lhe as fortunas morais da segurança e da fé e os tesouros espirituais da alegria e do trabalho, transformando sua alma em estrela brilhante em noite escura, qual bênção de tênue claridade aos que se afligem no torvelinho tempestuoso das paixões.

Agradeça ao Senhor a oferenda recebida, cada hora, como a joia do minuto que lhe enseja resgate e conquista para o Espírito — esse viajor da Eternidade.

Não macule, entretanto, a sua oração com os pedidos mesquinhos que nascem na ambição desvairada e se desenvolvem no desequilíbrio da emoção.

Respeite na oração o anjo do amor, que em nome da criatura busca o Criador, e na inspiração que logo advém descubra a resposta celeste, resultante do carinho de nosso Pai por todos nós.

Ore e trabalhe sempre e sem desfalecimento.

Abra a boca na prece e dilate os sentimentos na comunhão oracional, buscando os celeiros da inefável luz, e a alimentação substanciosa do amor divino desdobrará para você a percepção espiritual, inundando-o de vitalidade para a continuação de luta em que você se empenha.


Aura Celeste

Psicografia de Divaldo Pereira Franco

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

XV Congresso Espírita da Bahia











Acontece de 31 a 3 de outubro, no Centro de Convenções em Salvador, o XV Congresso Espírita da Bahia tendo a sua abertura no auditório Iemanjá, com a presença do orador e médium espírita Divaldo Pereira Franco e a conferencia “O Viver Espírita em Sociedade”.

Confira aqui em nosso blog a programação completa do evento:





Acesse também a página oficial do congresso clicando aqui
Para Inscrição clique aqui
Reservas de hotéis clique aqui



Fonte da divulgação e imagens: Federação Espírita do Estado da Bahia

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Aura Celeste - Vida e Obra (Parte 3)


Por volta de 1920, com a família já formada, volta Aura a exercer suas atividades, percorrendo as cidades com suas conferências, com seu trabalho mediúnico e principalmente com os passes curativos e receituários, sendo nessa fase assistida pelo Dr. Joaquim Murtinho.

Foi ele médico homeopata e responsável por muitas fórmulas, que beneficiaram grande número de pessoas, que se deram muito bem com essas doses homeopáticas, por não trazerem nenhum efeito colateral. E através dessa notável médium, Dr. Joaquim Murtinho voltou a receitar e a curar enfermos necessitados que eram atendidos gratuitamente em sua casa ou durante as reuniões no “Círculo Espírita Cáritas”, dirigido por Inácio Bittencourt.

Aura Celeste confiava a esse não menos batalhador e médium Bittencourt, da imensa saudade que sentia de seu orientador, Dr. Bezerra de Menezes. Bittencourt, com sua ternura de pai, dizia-lhe que esse mentor espiritual estaria sempre a auxiliá-la. Jamais ele deixaria de estar presente àqueles que se oferecem a trabalhar na Seara de Jesus.

Entre as diversas mediunidades exercidas por Aura ainda havia a faculdade da bilocação, isto é, quando o médium deixa o corpo e vai prestar socorro onde a necessidade se apresente. Mediunidade essa exercida por Eurípedes de Barsanulfo, Cairbar Schutel, Francisco Cândido Xavier, Francisco de Assis e outros veneráveis benfeitores.

Certa ocasião estava Aura Celeste em Juiz de Fora, numa conferência, quando ausentou-se, em seu desdobramento fluídico, aparecendo em espírito num hospital, atendendo a enfermos, que em pensamento pediam socorro a ela. Muitos a viam aplicando-lhes passes, aliviando suas dores. O mesmo aconteceu em Corumbá.

Esses fatos foram provados e constatados pelos próprios enfermos, a quem ela visitava quando no local. Isso porque Aura Celeste, antes de qualquer atividade que fosse convidada a desenvolver, procurava os hospitais e sanatórios que houvessem nos locais, onde visitando aos doentes aplicava-lhes passes regeneradores, oferecendo também preces aos espíritos desencarnados que envolviam os doentes encarnados. Por esse motivo era ela muito requisitada em suas viagens doutrinárias. Viagens essas realizadas às suas próprias custas.

Nesse período, com todas as viagens e seu grande trabalho como médium receitista, psicógrafa, psicofônica e orientadora, atendia a todos que a procuravam e ainda achava tempo para escrever.

Dentre as obras deixadas durante a sua reencarnação, destacam-se as poesias: “Vozes d'Alma”, “Sentimentais”, “Aspectos da Alma”, “Palavras Espíritas” (feitos em contos e de suas palestras compiladas em obras), “Rumo à Verdade” e “Luz do Alto”.

Escreveu para muitas revistas, jornais e páginas avulsas distribuídas ao público. Aura Celeste dizia que esse era o melhor processo, para aqueles que não tinham recursos para adquirir um livro.

Organizando-se para poder prestar assistência às crianças órfãs, Aura Celeste ainda encontrou tempo para poder levar a esses coraçõezinhos relegados ao abandono, o seu valor maternal. Procurou reunir as crianças que andavam pelas ruas, conseguindo escola e comida.

Conseguira por empréstimo um galpão abandonado e ali, essas crianças foram alojadas. Com a ajuda do próprio Bittencourt e outros companheiros do “Cáritas”, arranjou os móveis necessários, como camas, colchões, mesas, cadernos, lápis, enfim tudo com o tempo foi aparecendo e um abrigo surgiu por meio dessa valorosa mulher, para que esses pequeninos todos fossem adotados por ela. Mas com o tempo, esse abrigo começou a ter problemas.



Um dos participantes do grupo “Cáritas”, sabendo dos esforços de Aura Celeste para manter essas crianças, começou a angariar recursos para que pudessem trabalhar num local melhor e mais arejado. Ele próprio foi até a médium e esboçou seu projeto, pois gostaria também de fazer parte dessa tarefa. Aura Celeste ficou muito feliz e reuniu-se a ele para buscarem mais donativos.

Aura Celeste cuidou dos pequenos enquanto viveu como se fossem seus filhos. Procurou, além de alimentá-los materialmente, dar-lhes o alimento do espírito.

Essas crianças amaram Aura Celeste a ponto de nunca terem perguntado por suas verdadeiras mães. Mesmo com todo esse trabalho de acompanhar passo-a-passo o desenvolvimento dessa imensa família que adotara, ela continuou suas tarefas como médium, sem desrespeitar as funções que exercia nos lugares em que se responsabilizara pelos trabalhos assumidos.

No Rio de Janeiro e arredores sua presença era aplaudida por onde comparecesse. Todos a solicitavam e faziam questão de ouvi-la, declamando seus poemas que transmitiam consolo e falavam aos corações sofridos.

Aura Celeste exercia grande influência entre os jovens.

Continuou sua vida sempre pautada de lealdade para com os princípios que adotara da Doutrina Espírita.

Seu contato com os Espíritos Superiores eram frequentes. Recebia orientação direta do Dr. Bezerra de Menezes e do Dr. Joaquim Murtinho com relação ao receituário homeopático, que lhe deu muita projeção na FEB.

Os anos se passaram lépidos para essa lutadora até o dia 24 de outubro de 1944, quando veio a desencarnar, sendo assistida pelos médicos que sempre lhe deram guarida, Dr. Bezerra e Dr. Murtinho, que a ajudaram a se desprender dos laços terrenos. Aura Celeste deixou muita saudade entre todos que com ela conviveram. Sua partida foi muito reverenciada entre os espíritas e fora do espiritismo por ser dócil e abnegada, que consolava e sabia ajudar desde os mais necessitados até os mais “famintos de amor”, que com sua extremada compreensão levava-os até Jesus.

Entre as muitas homenagens que lhe foram dedicadas nos periódicos espíritas ou jornais das cidades, o conhecido jornalista da época e famoso literato Leal de Souza deixou no final de sua mensagem de adeus a ela:

“Parte para o 'Mundo Maior', aquela que foi considerada a grande Musa moderna, a Musa espiritual, poetisa de valor, que deixa a sua vida terrena repleta de exemplos, como esposa, mãe e defensora da estrada reta de luz, sob a providência do Cristo.”

O Asylo Espírita João Evangelista, no Rio de Janeiro, em sua sede própria, continua amparando e levando aos corações ali atendidos, o carinho que sua fundadora ensinou.

A ela toda homenagem e reconhecimento, pois através do médium Francisco Cândido Xavier, foram muitas poesias deixadas para que o seu coração continuasse a falar na Terra.



Texto parcial e imagem extraídos do artigo Adelaide Augusta Câmara, Aura Celeste publicado na revista espírita mensal “Seareiro”, edição de maio de 2008.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Musica Espírita: É a Vida - Joelson Queiroz e coral

Música “É a Vida”, composta por Joelson Queiroz baseada em um poema homônimo de Aura Celeste sendo apresentada ao vivo, juntamente com coral.


Acompanhe a letra da Música


É a Vida

Joelson Queiroz
Aura Celeste

Do alto desce em luz esplendorosa
Feliz revelação, dulcíssima esperança
Que aponta à Humanidade a estrela de bonança no céu do seu porvir.
E a palavra divina de boca em boca passa,
Levando a boa nova da vida além da morte.
E a estrela de bonança, além no céu, fulgente, aponta a toda gente
Um sopro de esperança, de fé, de luz, de amor.

(Final) (2x)
Aponta o sol que nos guia por essa eternidade.
Aponta e nos diz: “É a vida de luz e liberdade.”

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Asylo Espírita João Evangelista


O Asylo Espírita João Evangelista (AEJE) localiza-se no bairro do Humaitá, na cidade e estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Constitui-se numa associação beneficente espírita, que atende crianças carentes de 3 a 15 anos, do sexo feminino.

Allan Kardec defendeu, em 1868, nas páginas da "Revue Spirite", a criação de um asilo espírita. No Brasil, o AEJE é o primeiro a ser referido nas páginas do Reformador, o que permite supor que se trate da primeira instituição com essas características no país.

História


A instituição foi fundada pela médium Adelaide Augusta Câmara (1874-1944).

Professora, de origem protestante, Adelaide Câmara deu os seus primeiros passos no espiritismo por meio das orientações do Dr. Bezerra de Menezes.
A ideia para a fundação surgiu quando João de Carvalho Júnior, em 1923, procurou Adelaide Câmara apresentando-lhe impressos já prontos que continham no cabeçalho o título "Abrigo João Evangelista - Para Meninas e Senhoras de Idade". Esses impressos constituíam-se em listas para angariação de donativos para a instituição pretendida, sob a invocação de João Evangelista.

Com os recursos assim angariados, inicialmente foi alugado um imóvel, no bairro de Botafogo, onde ficaram alojadas as primeiras meninas.

Após aquisição do imóvel de nº 92 na rua Visconde de Silva, no bairro do Humaitá, em 13 de maio de 1927 foi inaugurada a sede em que a instituição funciona até aos nossos dias. No mesmo período, Adelaide Câmara deu início aos trabalhos públicos, com reuniões de estudo e passes.

No contexto da Segunda Guerra Mundial, em 20 de agosto de 1941 foi efetuada a aquisição da casa vizinha, de nº 96, com o objetivo de atender à expansão das atividades da instituição.

Atividades


Com recursos de associados e colaboradores eventuais, a instituição atende a 80 meninas, que nela encontram apoio extra familiar. As crianças permanecem durante o dia na instituição, enquanto as famílias trabalham.

As meninas ingressam com a idade de 3 a 6 anos, após entrevistas sociais com seus responsáveis e avaliação psicológica por profissionais da instituição. Desde o ingresso até completarem 15 anos de idade, a instituição se encarrega de prover-lhes educação moral e intelectual visando o desenvolvimento das mesmas como cidadãs.

Além das atividades escolares, o AEJE oferece aulas e atividades extras que promovem a vivência de valores morais e espirituais, a integração com a família e a construção da cidadania.

Complementarmente, a instituição realiza regularmente Reuniões Espíritas Públicas e, mensalmente, reuniões de estudo da Doutrina Espírita.


Fonte texto: Wikipédia
Fonte imagem: Panoramio (autor: Ivo Korytowsky)

domingo, 20 de outubro de 2013

Extra: Divaldo Franco no Paraná


Divaldo Franco de volta ao Paraná


Por Paulo Salino

Público numeroso assiste às conferências que o orador proferiu nas cidades de Foz do Iguaçu e Cascavel

O Semeador de Estrelas, Divaldo Franco, médium e orador espírita, com sua palavra lúcida, gentil e amorosa, realizou na noite do dia 11 de setembro uma conferência em Foz do Iguaçu. A Federação Espírita do Paraná e Divaldo Franco foram homenageados com uma bela apresentação musical executada ao piano por Henrique Baldovino. A FEP pelos seus 111 anos de fundação e Divaldo pelos seus 66 anos de oratória espírita.

Nessa oportunidade foram lançados, nacionalmente, dois livros psicografados por Divaldo Franco: Ilumina-te, de Joanna de Ângelis, e Vivendo com Jesus, de Amélia Rodrigues.

Divaldo Franco, Cidadão Honorário de Foz do Iguaçu, historiou a trajetória do materialismo ao longo dos últimos séculos e do positivismo, bem como os passos realizados pela filosofia espiritualista, destacando a necessidade de o Ser Humano amar, ser gentil, desenvolver o autoamor, como ensinou o Mestre nazareno.

O Peregrino de Jesus, com sua eloquência habitual e motivadora, apresentou as conclusões a que chegou Blaise Pascal, matemático, filósofo moralista e teólogo francês que se referia ao espírito de geometria e ao espírito de finesse. Afirmava Pascal ser necessário que o Ser Humano desenvolvesse o sentimento, a emoção, a gentileza, sendo necessário que as duas correntes formassem uma só, amalgamando-se. Onde apenas a lógica e a razão – espírito de geometria – predominam, as criaturas se entredevorariam. É, portanto, necessário um equilíbrio entre estas vertentes do comportamento humano para que a criatura possa adquirir a paz, a alegria de viver, as emoções dos sentimentos nobres.

O Espiritismo é a filosofia da gentileza – Repassando os olhos pela história recente da Humanidade, Divaldo destacou que o materialismo triunfou por longo período. Em 31 de março de 1848, em Londres/Reino Unido, o grande filósofo e economista Karl Marx apresentou a sua tese a respeito do capital, que ficou célebre, e disse a seguinte afirmativa: A religião é o ópio das massas. Era o triunfo do materialismo. A negação da existência de Deus. O homem já não precisa de Deus, afirmavam os adeptos do pensamento materialista.

Curiosamente, no outro lado do globo, nos Estados Unidos da América, em Hydesville, nessa mesma data, começaram a ocorrer fenômenos que iriam abalar a América, invadindo também a Europa. Como a marcha do tempo é inexorável, em 18 de abril de 1857 surgiu O Livro dos Espíritos, apresentado por Allan Kardec, objetivando mostrar que a vida não é apenas material, explicando que o ser humano é constituído de espírito e matéria, comprovado através da mediunidade.

Para enriquecer os fatos, Divaldo relatou os experimentos de Cesare Lombroso, de Charles Richet e de William Crookes, que foi procurado por uma menina de doze anos acusada de farsa, desafiando-o a provar que os fenômenos eram o produto de uma farsa. Em 31 de maio de 1875, William Crookes redigiu uma carta relatando à sociedade londrina que a menina era portadora de uma faculdade paranormal e que os fenômenos eram legítimos, eles existem.

O materialismo, disse o ínclito divulgador do Espiritismo, é o espírito de geometria, da razão, enquanto o Espiritismo é a filosofia da gentileza.

A vida é bela e digna de ser vivida com alegria – Ser gentil é cultuar e cultivar a paz íntima, exteriorizando o homem pacífico, praticante da não-violência. Os homens de ciência, em sua saga em busca de conhecimentos aprofundados, estão inclinados a admitir a existência de Deus no Ser Humano. É Deus de volta, agora pelas mãos dos cientistas, aniquilando o materialismo. As flores, ensina o nobre Espírito Joanna de Ângelis, são os autógrafos que Deus colocou em sua obra para que o mundo saiba que são de Sua autoria.

O doce Rabi Galileu, o maior psicoterapeuta da Humanidade segundo Hanna Wolff, ressaltou a necessidade de o Homem autoiluminar-se, propondo o amor incondicional a si, a todos e a Deus, como solução para todas as suas aflições. O autoamor é tornar-se o Ser Humano melhor a cada dia, compreendendo que a vida possui um sentido e que é preciso viver com alegria. Jesus veio para que a criatura humana tivesse vida.

O mundo mudará para melhor quando cada Ser Humano conseguir autoamar-se. Aquele que conhece Jesus já não pode mais ser o mesmo, pois que sentirá o desejo de exercitar a gentileza, o amor, aplicando ao seu dia-a-dia as mensagens libertadoras do Mestre Inigualável, diminuindo as queixas, transformando-se em uma criatura melhor. A vida é bela e digna de ser vivida com alegria, com sentimentos elevados, amando-se e amando o seu próximo, tanto quando ama a Deus.

Tocadas pelo sentimento de gentileza e do amor, as mil e seiscentas pessoas que lotavam o auditório e um salão anexo do Hotel Golden Tulip Internacional Foz, aplaudiram com emoção e demoradamente a Divaldo Franco, o Arauto do Evangelho e da Paz.

Um fato inusitado salvou Creso, rei da Lídia – Nas dependências do Tuiuti Esporte Clube, Rua Ponta Grossa, 2998, em Cascavel/PR, duas mil e quinhentas pessoas assistiram, no dia 12 de setembro, ao Embaixador da Paz e Cidadão Honorário do Município, Divaldo Franco, falar sobre a felicidade.

Ele iniciou sua fala com a narrativa das atitudes e tendências do Rei Creso da Lídia e sua Capital, a cidade de Sardes. O Rei Creso era possuidor de riquezas imensas, capazes, segundo pensava, de tornar o seu proprietário uma pessoa feliz. Apesar de possuir um tesouro incalculável, Creso não era feliz, pois desejava algo mais. Essa é uma história narrada em um dos livros de Heródoto de Halicarnasso, historiador grego nascido no Século V a.C. A Lídia era uma região da Ásia Menor. Seu povo, os lídios, era de origem semita.

Conta Heródoto que as terras da Lídia eram banhadas pelo rio Pctolo, rio aurífero, fornecedor do tesouro formidável do Rei Creso. Segundo a mitologia, nesse rio teria se banhado o Rei Midas, que possuía o dom de transformar em ouro tudo o que tocasse. Outro fato destacado pelo historiador grego refere-se a um filho surdo-mudo do Rei Creso. Por ocasião da guerra travada contra Ciro, rei dos persas, que praticamente dominava o mundo mediterrâneo, ao acompanhar a luta que se desenrolava nos seus jardins palacianos, estarrecido ante a derrota iminente, olhando pela janela da sala do trono, o rei não percebeu a entrada de um inimigo, que levantou a lança para golpeá-lo pelas costas. O jovem, que se ocultava por trás de pesado reposteiro, viu a cena e, tomado de pavor, deu um grito, exclamando: “– Não o mates. Ele é o rei!”

A vida, diz Sólon, apresenta muitas surpresas – O soldado, assustando-se, lançou o dardo e, ao errar a pontaria, cravou-o na janela, salvando dessa forma o monarca. O valoroso Embaixador da Paz e lídimo trabalhador do Cristo, Divaldo Franco ressaltou que a emoção desencadeia forças de expressão contraditória que jazem no homem.

O Rei Creso conheceu Sólon, um dos sete sábios daquela época. Sólon foi convidado a visitar todas as dependências do palácio para que pudesse avaliar a riqueza de Creso. Depois daquela visita, Sólon foi levado à presença de Creso que o aguardava em seu trono de ouro, coberto por um manto cravejado de pedras preciosas. No diálogo o monarca indagou se Sólon conhecia alguém mais feliz do que ele. Ante a afirmativa de Sólon, Creso dispensou-o, porém, o sábio anuiu que naquele momento Creso poderia estar feliz, mas o futuro é incógnito, a vida, disse o sábio, apresenta muitas surpresas, é necessário aguardar a última cena.

Na busca de esclarecer sobre o significado de felicidade, Divaldo apresentou o pensamento dos filósofos Epicuro, Diógenes, Zenon e Sócrates, cada uma defendendo uma conduta de vida para sentir-se feliz. Epicuro, filósofo grego, defendia que a felicidade estaria em a criatura humana ter, possuir, gozar. Diógenes, o Cínico, afirmava que a felicidade é não ter, combatendo o prazer, o desejo e a luxúria. Zenon de Cítio, outro filósofo grego, enfatizava a paz de espírito, conquistada através de uma vida plena de virtude, de acordo com as leis da natureza: é a doutrina estoica.

O objetivo da vida é servir – Destes, somente Sócrates compreendeu que a felicidade é ser. Sócrates defendia o pensamento ético, moralista, espiritualista, o autoconhecimento, o autodescobrimento. Sua doutrina é conhecida por maiêutica.

O que é, afinal, a felicidade? Será ter, possuir, fruir? Ou será não ter, não dispor de coisa alguma? A felicidade, destacou o intrépido orador, é ser! Ser íntegro, moralizado, possuidor de nobres virtudes. A verdadeira felicidade é amar, é devotar ternura ao semelhante, é ser grato à vida. Jesus, o incomparável Mestre, apresentou o amor como medida para o homem alcançar a felicidade, amando-se, amando ao próximo e a Deus. O sentido psicológico da vida, o objetivo da vida é servir. Quem serve ao próximo é feliz. O orador que cativa multidões, Divaldo Franco, destacou que o Sermão da Montanha é a mais notável sinfonia do amor. Vale a pena amar! Vale a pena viver a vida!

Todos, tocados por emoções superiores, e profundamente inclinados a se tornarem melhores, exercitando o amor incondicional, aplaudiram entusiasticamente o orador inigualável de Feira de Santana/BA. Foi um gesto de amor, reconhecimento e gratidão a Divaldo Franco, o Arauto do Evangelho e da Paz.

Concluída essa exuberante etapa de divulgação da Doutrina Espírita no Paraná, Divaldo Franco viajou imediatamente para Assunção, no Paraguai, acompanhado de amigos brasileiros, para participar do 2º Congresso Espírita Sul-Americano.


Fonte (texto e imagem) : O Consolador

sábado, 19 de outubro de 2013

Gotas de Luz


Perispírito, Centros Vitais e Aura



O Perispírito


O perispírito é: "principio intermediário, substância semimaterial que serve de primeiro envoltório ao espírito e liga a alma ao corpo. Tais, num fruto, o germe, o periesperma e a casca. "( O Livro dos Espíritos, Allan Kardec).

"O perispírito é o laço que à matéria prende o espírito, que o tira do meio ambiente, do fluido universal. Participa ao mesmo tempo da eletricidade, do fluido magnético e, até certo ponto, da matéria inerte. Poder-se-ia dizer que é a quintessência da matéria. E' o principio da vida orgânica, porém não o da vida intelectual, que reside no espírito. É, além disso, o agente das sensações exteriores. No corpo, os órgãos, servindo-lhes de condutos, localizam essas sensações." ( O Livro dos Espíritos, Allan Kardec).

Primeiramente devemos esclarecer que na época em que foi escrito o "Livro dos Espíritos", a 1° edição é de 1857, considerava-se a eletricidade como um fluido, na verdade, ainda não se tinha exata concepção do que vinha ser a eletricidade.

Embora de natureza etérica, ainda assim é constituído de matéria. Por falta de palavras mais adequadas em nosso atual estágio evolutivo, costuma-se defini-lo como a quintessência da matéria, cuja maior ou menor densidade é inversamente proporcional ao grau evolutivo do Espírito, e cuja composição não é exatamente a mesma conforme esteja o Espírito encarnado ou não. Seus elementos são retirados do meio em que vivemos, portanto sua composição é variável nos diferentes mundos. Sua estrutura e composição exatas ainda não nos é possível conhecer, embora existam aqueles que procuram entende-lo, como Hernani Guimarães Andrade que em sua obra, " Espírito, Perispírito e Alma ", propõe que o mesmo é composto por "Psi-átomos". Estes corresponderiam aos " elementos atômicos mais complicados e sutis" , segundo André Luiz ao referir-se a matéria do plano espiritual (na obra Evolução em Dois Mundos).

Kardec nos ensina também que uma das funções do perispírito é transmitir ao Espíritos as sensações provenientes da matéria (dor, frio, calor, visão, etc ) e fazer com que chegue até a matéria os seus comandos. Por exemplo: Provém do Espírito a vontade de abrir um livro para ler, todavia, é o perispírito o responsável por transmitir esta vontade ao cérebro carnal e fazer com que o mesmo inicie uma série de processos fisiológicos que culminarão no ato físico.

Outra função de extrema importância do perispírito nos é ensinada por Joanna de Ângelis em "O Homem Integral", psicografia de Divaldo P. Franco: "De importância máxima no complexo humano, é o moderno Modelo Organizador Biológico, que se encarrega de plasmar no corpo físico as necessidades morais evolutivas, através dos genes e cromossomos, pois que, indestrutível, eteriza-se e se purifica durante os processos reencarnatórios elevados."

" Pode-se dizer, que ele é o esboço, o modelo, a forma em que se desenvolve o corpo físico. É na sua intimidade energética que se agregam as células, que se modelam os órgãos, proporcionando-lhes o funcionamento. Nele se expressam as manifestações da vida, durante o corpo físico e depois, por facultar intercâmbio de natureza espiritual. É o condutor da energia que estabelece a duração da vida física, bem como é responsável pela memória das existências passadas, que arquiva nas telas sutis do inconsciente atual, facultando lampejos ou recordações esporádicas das existências já vividas."

Este trecho, muito elucidativo, deixa claro que ele é o modelo para o formação do corpo onde se encarnará o Espírito, imprimindo a este os detalhes anatômicos e fisiológicos consoante as aquisições morais e intelectuais em vidas passadas. Assim, será o responsável por formar o cérebro perfeito daquele que fez bom uso de seu intelecto em vidas pretéritas ou, caso contrário, o órgão inadequado do oligofrênico (compromisso cármico).

Todavia, é o espirito, princípio inteligente, o responsável por modelar o perispírito, como nos ensina Manoel P. Miranda no livro "Temas da Vida e da Morte", psicografia de Divaldo P. Franco: "Portador de expressiva capacidade plasmadora, o perispírito registra todas as ações do Espírito através dos mecanismos sutis da mente que sobre ele age, estabelecendo os futuros parâmetros de comportamento, que serão fixados por automatismos vibratórios nas reencarnações porvindouras. " Conceito este já introduzido anteriormente por André Luiz em Evolução em Dois Mundos, psicografia de Francisco C. Xavier e Waldo Vieira: "... o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação".

André Luiz, na mesma obra, também nos ensina que é mediante o perispírito que o Espírito encarnado - Alma no conceito de Allan Kardec - rege a atividade funcional dos órgãos de seu corpo carnal, como vimos acima. É nele que ficam impressas as diversas experiências vividas no plano terrestre e extraterrestre e que proporcionam o automatismo fisiológico, sob o governo do Espírito. Tal controle de nossas funções fisiológicas se faz mediante a atividade dos Centros Vitais do perispírito, também denominados Plexos ou Chakras pelos espiritualistas e por certas culturas orientais.

 Os Centros Vitais do Perispírito


1.Centro Coronário: Situado na região central do cérebro é a sede da mente é ele quem " assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada. É o " ponto de interação entre as forças determinantes do espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas". Ele, além de retransmitir a "vontade", os sentimentos, as idéias e ações do Espírito ao soma (corpo físico), coordena a função dos demais centros vitais.

2.Centro Cerebral: Contíguo ao coronário, ele governa o córtex cerebral, controla a atividade das glândulas endócrinas e administra os Sistemas Nervosos Central e Periférico.
3. Centro Laríngeo: Situado na região da laringe, controla a respiração e a fonação.
4. Centro Cardíaco: Dirige a emotividade e a circulação.
5. Centro Esplênico: Situado ao nível do baço, dirige todas as atividades relacionadas ao sistema hemático.
6. Centro Gástrico: Responsável pela digestão e absorção dos alimentos.
7. Centro Genésico: Dirige os processos relacionados aos fatores genéticos, bem como as forças criadoras, tanto para o trabalho como para a associação entre almas.


 A Aura


E o que vem a ser a Aura?

A Aura nada mais é do que radiações energéticas provenientes da conjunção de forças físico-químicas do corpo (bioenergéticas), do perispírito e, mais importante, radiações mentais do Espírito. Portanto, tem características individuais e expressam o estado evolutivo moral e intelectual do Espírito.
Tais radiações interpenetram todo o ser e se expande além dele, formando o halo de características e cores próprias a cada ser, passíveis de serem observadas por indivíduos com faculdade para tal, a vidência.


Fonte: CVDEE


Referências:
1 -Allan Kardec. - O Livro dos Espíritos. Ed. FEB.. 74° ed., 1994.
2 - Divaldo Pereira Franco, Joana De Ângelis. O Homem Integral. Ed Livraria Espirita Alvorada, 7°, 1995.
3 - Divaldo Pereira Franco, Manoel P. Miranda .- Temas da Vida e da Morte. Ed FEB, 4°, 1996.
4 - Francisco Cândido Xavier, André Luiz. - Evolução em Dois Mundos. Ed FEB, 7° ed., 1983.
5 - Hernani Guimarães Andrade.- Espírito, Perispírito e Alma. Ed. Pensamento. 1° Ed, 1984.
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