segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Com Amor


Com o amor renova-se a face da Terra ante os imperativos da esperança.

O amor, “alma da vida”, tônico vital a derramar-se do Céu em direção à Terra, é o apelo de Deus, o Criador, dirigido à criatura, na romagem evolutiva.

Ante a mensagem do amor, todas as coisas se colorem e se vestem de luz, alargando a percepção de quem se detém a examinar, sentir e viver essa manifestação santificante da vida estuante.

Fascinada pelo amor, a alma se renova e a paisagem por onde deambula toda se compõe de convites que engrandecem a existência, enriquecendo-a de tranqüilidade e ventura.

O ar se torna mais leve e acariciado por suaves odores espraia-se, abençoado, enchendo a vastidão...

O arvoredo se veste de vergônteas novas, se o machado o decepa, e outras bandeiras de folhagem como santo vergel ensaiam o recomeço, ensejando mais vida, mas florescência, mas frutificação...

A estrada se adorna, convidativa, cobrindo-se de mil nadas que traduzem mil mensagens à observação...

A fonte singela canta, e a harmonia a alongar-se em derredor, musical, conclama o sedento ao repouso e ao refazimento, oferecendo-lhe a linfa pura na taça da natureza em festa...

Com o amor tudo é vida.

Coloquemos as lentes de amor nos olhos da alma e tudo serão, então, visto por prismas novos e fascinantes...

A noite escura salpica-se de estrelas em nome do amor celeste...

O espinheiro se aformoseia com flores perfumadas, manifestando o amor de Deus...

O charco silencia o veneno letal e árvores medram na lama, sugerindo diferente paisagem com o amor divino...

Cantando o amor em todas as suas realizações, o homem que crê já não sofre, nem chora, nem se amargura, nem se desencanta.

Se o mal reponta — ama:
se a dor grita — ama;
se o desespero ronda — ama:
se a dificuldade chega — ama;
se a aflição sitia — ama;
se a injúria afronta — ama;
se a calúnia persegue — ama;
se a mentira triunfa — ama;
se a verdade tarda — ama;
se o medo ameaça — ama.
Amor em tudo. Amor sempre...

O amor é lâmpada acesa na intimidade do coração, que nenhuma força externa consegue apagar.

Liguemo-nos, pois, desse modo, ao amor, em qualquer situação, em qualquer clima, em qualquer realidade. O amor é a própria vida animando tudo, tudo conduzindo, porquanto se Deus é o Amor e o Amor é a “alma de Deus”, amemos em todas as coisas a oportunidade de amarmos Aquele que tem sido a vida de nossa vida e o amor de nossos amores...


Aura Celeste

(De “Sementes de Vida Eterna”, de Divaldo Pereira Franco – Diversos Espíritos)

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