quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Deserto Florido



O deserto do Atacama, no Chile, é o mais árido e alto do mundo. É também o lugar na Terra que passou mais tempo sem chuvas, sendo registrados quatrocentos anos sem uma gota d´água do céu.

Atualmente, ele pode ficar anos e mais anos sem qualquer precipitação atmosférica, porém, de tempos em tempos, um fenômeno muito interessante acontece.

O milagre da floração do deserto é possível de se ver muito raramente, pois depende necessariamente da chuva caída nos meses do verão.

Suficientes quantidades de água permitem que as sementes, que estavam adormecidas no seco deserto, possam despertar para voltar à vida e florescer por um curto espaço de tempo, na primavera.

São mais de duzentos tipos de flores. Cores mil. Um desabrochar belíssimo e inesperado em meio a terras tão áridas.

Quando o deserto revive e floresce surge uma panorâmica maravilhosa. É a oportunidade de desfrutar a singeleza das flores que cobrem as planícies e gloriosamente contrastam com as montanhas que as rodeiam.

Só é possível desfrutar deste milagre do deserto em alguns anos e por pouco tempo, desde fins de agosto até o meio de outubro.

As sementes, que ficam adormecidas por muitos anos, estão especialmente adaptadas para essas condições extremas, e assim podem voltar à vida pelas chuvas que as acordam, convertendo o deserto numa pintura multicor.

Os chilenos conhecem esse fenômeno como deserto florido.

* * *

O ser humano também é capaz de florescer, mesmo após anos de estiagem íntima.

As sementes do potencial evolutivo jazem dormentes, mas vivas, no âmago da alma.

Almas secas, almas aparentemente sem esperança de flor, virão a desabrochar um dia, quando a chuva do entendimento, a chuva da renovação, as fizer despertar.

Não há caso perdido para o Criador.

Mesmo os Espíritos mais relutantes, que na agonia e tristeza profundas, negam o Criador e o amor; mesmo esses, irão germinar.

Chegará o tempo em que perceberão que o mal, a revolta, não lhes traz felicidade alguma.

Chegará o tempo em que, regados pelas chuvas contínuas do amor dos que estão ao seu lado, render-se-ão ao bem renovador.

Cada um tem seu tempo. Cada um desperta quando está preparado para despertar.

Porém, recordemos que as sementes ocultas estão lá, aguardando ansiosamente o momento de sair da terra árida, aguardando o instante de respirar o ar puro de uma nova vida.

Todos temos jeito. Todos somos deuses potenciais.

Deus nos fez todos assim, sem exceção.

Quem escolhe o momento de desabrochar somos nós.

Chegará o tempo em que veremos o deserto do planeta Terra, ainda tão sofrido, tão seco, florescente por completo.

Seremos nós, Espíritos bons, que modificaremos a paisagem deste planeta, passando a chamá-lo de terra florida.


Redação do Momento Espírita.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Natureza Divina


Saber a respeito de nossa natureza profunda e divina é, obviamente, o que mais importa.

É essa natureza a fundamental, pois com ela nascemos e vivemos. Mas não a conhecemos ainda. Os estudos e as práticas sobre ela ainda não a explicam suficientemente. Ela é Deus em nós. E como Deus é ilimitado em Suas manifestações, só podemos dela ter pálida compreensão.

A cada avanço no sentido de compreendê-la (e principalmente de senti-la), mais alegria e luz possuiremos.

Por isso...

A sua natureza é divina.

Nada é mais importante que isso.

Por trás de cada pensamento seu, de cada palavra, gesto ou ação, está a sua natureza divina que endireita o que é errado e Poe no lugar certo o que está fora de lugar. Ela conta com o que você pode lhe dar e dá a você tudo o que precisa para ser feliz.

Não despreze sua natureza divina. Atenda-a. Sinta-a.

Rejeite a ideia de que deve seguir, em primeiro lugar, a sua natureza material.

É pela natureza divina que você sente a força da felicidade.


Lourival Lopes

sábado, 25 de agosto de 2012

Renovação
















Quando o espinho buscar-te o coração
E puderes dizer — bendito sejas!
Quando a pedrada visitar-te o peito
E exclamares — bendita sejas tu!

Quando a prova amargosa e redentora
Requisitar-te a casa ao pranto escuro
E lembrares que há sombras
Mais terríveis que a tua em muita gente;

Quando inclinares teus ouvidos calmos
À irritação e à cólera dos outros,
Perdoando as ofensas e esquecendo-as;

Quando a dor inspirar-te
O canto excelso e doce da esperança;

Então tua alma içada à Luz Celeste,
Sob a glória da vida superior,
Viverá luminosa e preparada
Para o Reino do Amor...


Rodrigues de Abreu

XAVIER, Francisco Cândido. Do livro Correio Fraterno, por Espíritos Diversos.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Amor e Religião



Ninguém vive sem uma crença. Quer seja em algo transcendente ou não, a criatura busca apoiar-se em algum ente que lhe pareça real.

A negação à existência de um ser superior ao humano que o justifique, não implica na ausência dele em seu psiquismo. Todo aquele que ama, e não há quem não se inclua nesta categoria, necessita de Deus em si, mesmo que o denomine com outro nome.

A religião é uma busca natural de todo ser humano. Adotar uma é um ato de amor a Deus.

Aquele que se dedica a uma religião com devoção e afinco, deve fazê-lo com verdadeiro amor. A vida religiosa é cheia de agruras, mas também de recompensas incomensuráveis.

Lidar com os objetivos de Deus é tarefa de amor a Ele e à Sua Obra. A religião é trabalho para quem a exerce do lado do labor de evangelizar o ser humano.

Seu exercício requer abnegação e amor em dobro. O esquecimento de si, mesmo na dedicação à tarefa religiosa, não necessita atingir a recusa ao convívio social. Dedicar-se a Deus não significa fugir do mundo.

Amor e religião não se chocam com o amor a outra pessoa. O ser humano, historicamente decidiu separar o que fosse carnal do que lhe parecesse divino. Não se separa o que tem a mesma procedência.

A religião é o encontro do ser humano com o conhecimento dos objetivos de Deus para com Sua Obra. Esse encontro, sob o signo do amor, proporciona o verdadeiro êxtase.

As religiões tem se distanciado do amor e da verdadeira comunhão com o Altíssimo, em função da ignorância em que se encontra o ser humano a respeito de seu papel na Vida. Dias virão em que estaremos praticando a verdadeira religião em espírito e verdade.

O amor às pessoas, indistintamente, requer desapegos e compreensão da vida. Os laços que nos prendem às pessoas, são os mesmos que nos fortalecem a alma. A diferença está na intensidade e prioridade com que os aplicamos.

Jesus, exemplo de amor e de compromisso com a verdade, mostrou, através de seus atos e palavras, o significado da religião, quando estabeleceu que deveríamos nos reconciliar com nosso adversário, antes de fazermos qualquer oferta a Deus.

Nenhuma tarefa pode ser maior que dedicar-se à evangelização da criatura em favor da própria humanidade. O amor a Deus é o amor ao crescimento e evolução da sociedade, a fim de que ela alcance a paz e a felicidade de todos, sem que ninguém se sinta excluído.

O amor à religião não admite sectarismos e exclusões. Ninguém pode ser discriminado pela opção religiosa. Assim procedendo, estaremos faltando com o amor pregado pela própria religião.

Religião é vida de dedicação, de amor e de caridade para com o próximo. A religião do amor é a que se dedica ao próximo sem preconceito de qualquer natureza.

Muitas vezes recorremos à religião para solução de conflitos de ordem sentimental. Em algumas situações agimos em proveito próprio, excluindo alguém que se interpõe em nosso caminho, pedindo a Deus ou a seus intermediários, para nos livrar de sua influencia. Estaremos, dessa forma, abdicando de vivenciar a tolerância e confiança no amor de Deus para conosco.

A religião, quando usada para benefício próprio, é instrumento de prisão e alienação. O amor ao próximo é o meio mais eficaz de alcançar a verdadeira prática religiosa.

As religiões tradicionais nos afastaram do contato com a simplicidade e da verdadeira adoração a Deus, insculpindo-nos culpas e medos. Nada há que não seja sagrado. Tudo na vida é obra de Deus. Seu amor está presente em toda Criação.

Não nos entreguemos ao medo e à separatividade da vida supostamente simples, em nome da religião. Amor e religião são compatíveis com a vida verdadeiramente simples que se realiza na convivência social.

Jesus deu-nos exemplo de sua religião quando estabeleceu que seus discípulos seriam reconhecidos por muito se amarem.


Adenáuer Novaes.

Do livro Amor Sempre, de Adenáuer Novaes.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Mediunidade


Minha irmã, que a Paz do Senhor nos felicite os corações.

Mediunidade com Jesus é serviço aos semelhantes.

Desenvolver esse recurso é, sobretudo, aprender a servir.

Aqui, alguém fala em nome dos Espíritos desencarnados; ali, um companheiro aplica energias curadoras; além, um cooperador ensina o roteiro da verdade; acolá, outrem enxuga as lágrimas do próximo, semeando consolações. Contudo, é o mesmo poder que opera em todos. É a divina inspiração do Cristo, dinamizada através de mil modos diferentes por reerguer-nos da condição de inferioridade ou de sofrimento ao título de herdeiros do Eterno Pai.

E nessa movimentação bendita de socorro e esclarecimento, não se reclama o título convencional do mundo qualquer que seja, porque a mediunidade cristã, em si, não colide com nenhuma posição social. Constituindo fonte do Céu a derramar benefícios na Terra, por intermédio dos corações de boa vontade.

Em razão disso, antes de qualquer sondagem das forças psíquicas, no sentido de se lhes apreciar o desdobramento, vale mais a consagração do trabalhador à caridade legítima, em cujo exercício todas as realizações sublimes da alma podem ser encontradas.

Quem desejar a verdadeira felicidade, há de improvisar felicidade dos outros; quem procure a consolação, para encontrá-la, deverá reconfortar os mais desditosos da humana experiência.

Dar e receber.

Ajudar para ser amparado.

Esclarecer para conquistar a sabedoria e devotar-se ao bem do próximo para alcançar a divindade do amor.

Eis a lei que impera, igualmente, no campo mediúnico, sem cuja observação, o colaborador da Nova Revelação não atravessa os pórticos das rudimentares noções de vida eterna.

Espírito algum construíra a escada de ascensão sem atenção às determinações do auxílio mútuo.

Nesse terreno, portanto, há muito que fazer nos círculos da Doutrina Cristã rediviva, porque não basta ser médium para honrar-se alguém com as bênçãos da luz, tanto quanto não vale possuir uma charrua perfeita, sem a sua aplicação no esforço da sementeira.

A tarefa pede fortaleza no serviço, com ternura no sentimento.

Sem um raciocínio amadurecido para superar a desaprovação provisória da ignorância e da incompreensão e sem as fibras harmônicas do carinho fraterno para socorrê-las, com espírito de solidariedade real, é quase impraticável a jornada para a frente.

Os golpes da sombra martelam o trabalho iluminativo da mente por todos os flancos e imprescindível se torna ao instrumento humano das verdades divinas armar-se convenientemente na fé e na boa vontade incessante, a fim de satisfazer aos imperativos do ministério a que foi convocado.

Age, assim, com isenção de ânimo, sem desalento e sem inquietação, em teu apostolado de curar.

Estende as tuas mãos sobre os doentes que te busquem o concurso de irmã dos infortunados, convicta de que o Senhor é o Manancial de todas as bênçãos.

O lavrador semeia, mas é a bondade Divina que faz desabrochar a flor e preparar-se o fruto. É indispensável marchar de alma erguida para o Alto,vigiando, apesar das serpes e dos espinhos que povoam o chão.

Diversos espíritos se revelam interessados em tua tarefa de fraternidade e luz e não seria justo que a hesitação te paralisasse os impulsos mais nobres, tão somente porque a opinião do mundo te não entende os propósitos, nem os objetivos da esfera espiritual, de maneira imediata.

Não importa que o templo seja humilde e que os mensageiros compareçam na túnica se extrema simplicidade.

O Mestre Divino ensinava a verdade à frente de um lago e costumava ministrar os dons celestiais sob um teto emprestado; além disso; encontrou os companheiros mais abnegados e fiéis entre pescadores anônimos, integrados na vida singela da natureza.

Não te apoquentes, minha irmã, e segue sem serenidade.

Claro está que ainda não temos seguidores leais do Senhor sem a cruz do sacrifício.

A mediunidade é um madeiro de espinhos dilacerantes, mas com o avanço da subida, calvário acima, os acúleos se transformaram em flores e os braços da cruz se convertem em asas de luz para a alma livre na eternidade.

Não desprezes a tua oportunidade de servir e prossegue de esperança robusta.

A carne é uma estrada breve.

Aproveitamo-la sempre que possível na sublime sementeira da caridade perfeita.

Em suma, ser médium no roteiro cristão é dar de si mesmo em nome do Mestre. E foi Ele que nos descerrou a realidade de que somente alcançam a vida verdadeira àqueles que sabem perder a existência em favor de todos os que se constituem seus tutelados e filhos de Deus na Terra.

Segue, pois para diante, amando e servindo.

Não nos deve preocupar a ausência de alheia compreensão. Antes de cogitarmos do problema de sermos amados, busquemos amar, conforme o Amigo Celeste nos ensinou.

Que Ele nos proteja, nos fortifique e abençoe.




Bezerra de Menezes

Psicografia de Francisco Candido Xavier

domingo, 19 de agosto de 2012

Carta Fraternal













- Na leitura da parábola dos cegos –
Meu amigo, o Espiritismo
É campo de vida e luz;
Não conserves sem trabalho
A ideia que te conduz.

Nessa lavoura bendita
De paz, harmonia e amor,
Cada qual tem a tarefa
Que lhe reserva o Senhor.

És médium? Sê diligente
No amoroso apostolado.
Mediunidade é serviço
Em nome do Mestre Amado.

Investigas a verdade?
Procura ver que ninguém
Deve andar observando
Sem propósitos no bem.

És curioso somente?
Não olvides, meu irmão,
Que a boa curiosidade
É nota de elevação.

És companheiro de luta?
Guarda a prece e a vigilância,
Quem é irmão de verdade
Nunca foge à tolerância.

És simples necessitado
Na sombra e no sofrimento?
Pondera a lei generosa
De esforço e merecimento.

És pregador? Meu amigo,
Foge à ilusão, foge à treva,
Que as palavras sem os atos
São folhas que o vento leva...

Doutrinas desencarnados?
Procura reconhecer
Que se vives ensinando
É necessário aprender.

Vens pedir alguma coisa?
Recorda, na dor terrestre,
Que o tesouro mais sublime
É a paz do Divino Mestre.

Nas alegrias, nas dores,
No mais simples dos misteres,
Poderás fazer o bem
No lugar onde estiveres.

Quem busque, de fato, a luz
Da existência verdadeira.
Não se apega à fantasia,
Trabalha contra a cegueira.

Não foste chamado à fé
Para sonho ou distração,
Mas à justa atividade
De nossa renovação.

O aprendiz do Espiritismo
Não vive sem rumo, a esmo...
Tem Jesus por Mestre Amado
E a escola dentro em si mesmo.


Casemiro Cunha

Do livro “Coletâneas do Além”, de Francisco Cândido Xavier, por Espíritos diversos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Rota Espírita















Erguer-se de manhã e bendizer a vida.

Espalhar ao redor a presença do bem.

Escutar calmamente as notícias da hora.

Dar a palavra amiga. Ajudar conversando.

Dispor o coração a servir sem perguntas.

Fazer mais que o dever na tarefa em que esteja.

Suportar sem revolta as provações em curso.

Apagar a discórdia e liquidar problemas.

Estudar e entender. Discernir e elevar.

Render culto à Verdade entre bênçãos de amor.

Ver o direito alheio e respeitá-lo em tudo.

Ser fiel ao trabalho e esquecer as ofensas.

Amar fraternalmente a todas as criaturas.

Acender cada noite as estrelas da paz no abrigo da consciência em preces de alegria.

- Eis a rota ideal na jornada constante do espírita-cristão, à luz de cada dia.



Albino Teixeira

De Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Albino Teixeira.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Um Quarto de Hora


Quando tiveres um quarto de hora à disposição, reflete nos benefícios que podes espalhar.

Recorda o diálogo afetivo com que refaças o bom-ânimo de algum familiar, dentro da própria casa; das palavras de paz e amor que o amigo enfermo espera de tua presença; de auxiliar em alguma tarefa que te aguarde o esforço para a limpeza ou o reconforto do próprio lar; da conversação edificante com uma criança desprotegida que te conduzirá para a frente as sugestões de boa vontade; de estender algum adubo à essa ou aquela planta que se te faz útil; e do encontro amistoso, em que a tua opinião generosa consiga favorecer a solução do problema de alguém.

Quinze minutos sem compromisso são quinze opções na construção do bem.

Não nos esqueçamos de que a floresta se levantou de sementes quase invisíveis, de que o rio se forma das fontes pequeninas e de que a luz do Céu, em nós mesmos, começa de pequeninos raios de amor a se nos irradiarem do coração.


Meimei

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade, pelo Espírito Meimei.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Conceituação de Felicidade



Cobiças a felicidade, e é natural.

Anelas por uma paz, que produzisse um estado de harmonia espiritual, longe de preocupações e sem contributo de ansiedades.

Buscas um bem que, em definitivo, de uma só vez, provocasse a superação de todas as incertezas e rudes conflitos do dia-a-dia.

Aguardas uma segurança íntima, feita de júbilos, argamassada com as águas cantantes do amor e o cimento forte da fé.

Esperas fruir o mundo em festa, onde a dor, a sombra e a morte não tenham oportunidade...

Fazes bem, por assim desejar, por aguardar...

Não, porém, por te demorares somente à espera que tal ocorra.

É imprescindível mudar os fatores predisponentes e atuantes deste mundo onde evoluímos – nossa Terra-mãe, berço e apoio da jornada -, a fim de que, com ela, galguemos um mais alto degrau na escala da evolução.

Toda conceituação de felicidade que extrapole à ambição pessoal egoísta é válida e abre ensejo à sua realização no mundo das formas.

Esta felicidade, porém, risonha e tranquila, ainda não é deste mundo.

Aqui poderá começar, pelo que faças, como realizes, por cuja dedicação te sacrifiques, a fim de gozá-la depois.

Planeta de expiações redentoras e de provas que avaliam as conquistas, é hoje o que se tem dele feito.

Jardim ou deserto, pomar de bênçãos ou solo agreste é, antes de tudo, nossa escola de crescimento, que nos cumpre respeitar e auxiliar, trabalhando a terra dos corações, a fim de que as sementes do puro amor possam germinar, desatando vida, e vida em abundância.

Não desanimes, porque ainda não lograste o paraíso.

Vai ao seu encontro, mudando os seus doridos panoramas e trabalhando o país da tua vida interior, a fim de que te enriqueças com a luz da esperança e a inundes de conquistas valiosas.

“Meu reino não é deste mundo” – disse Jesus.

Todavia, ensinou-nos com o sacrifício pessoal a sairmos deste, na direção daquele onde a felicidade já é uma realidade ditosa.


Joanna de Ângelis

Do livro “Oferenda”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.

sábado, 11 de agosto de 2012

No Dia dos Pais


















De repente me surpreendo, pai Amigo,
Preocupado com a mensagem de carinho,
De quem, feliz, partilha o teu caminho
E se protege nas vibrações de teu abrigo.

O que fazer na festa deste ano?...
Se pouco tenho para oferecer-te.
Mas, o coração me pede para dizer-te
O quanto te quero bem, respeito e amo.

Amigo certo de toda hora que passa,
Ampara a família, por ela vive e labuta.
Na defesa dos filhos enfrenta qualquer luta,
Cumpre o dever para que o lar não se desfaça.

Nas minhas preces rogo sempre ao Senhor,
Por ti, paizinho, que taciturno ou brincalhão,
Jamais descuida da saúde ou da educação,
Dos filhos que sustentas com tanto amor.

Missionário, tua presença encoraja e acalma,
Os filhos que crescem alegres ao teu lado,
Aos quais te mostras severo e até "quadrado",
Mas, revelando sempre a grandeza de tua alma.

Se, por vezes, me rebelo na falsa ilusão,
É porque não sigo, com discernimento e desvelo,
Os exemplos que me dás, como modelo
E por isso peço-te envolver-me com teu perdão.

Minhas vibrações de gratidão e amizade,
Se elevam sempre em súplica ao Bom Deus,
Para que o Bem seja, nos caminhos teus,
Uma constante benção de muita felicidade!


Fonte: Lúcio Abreu - Nas Pétalas da Inspiração

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

No Templo do Lar



Indiscutivelmente, o avanço científico do mundo estabelece múltiplos sistemas de cura na atualidade terrestre.

Vitaminas e hormônios, eletricidade e magnetismo, fluidos e melodias são recursos empregados no fortalecimento da saúde humana.

Acreditamos, no entanto, que o culto doméstico do Evangelho é a fonte real da medicina preventiva, sustentando as bases do equilíbrio físico-psíquico.

O centro da vicia reside na mente e a mente se nutre de emoções e ideias. É que se coloca sob a orientação do Cristo, aceitando-Lhe o governo espiritual no campo íntimo, harmoniza-se com a Boa Lei, purificando propósitos, elevando atitudes e sublimando resoluções que edificam a consciência e o coração para a Vida Superior.

Os princípios evangélicos são elementos de vida, e convenientemente aplicados no recesso do lar, sanam as chagas da maledicência, previnem a cólera destrutiva, curam os efeitos desastrosos da imprudência, afastam os perigos da antipatia gratuita, balsamizam as úlceras da desilusão e favorecem o clima da fraternidade e da confiança, suscetível de criar a felicidade verdadeira para quantos se empenham na evolução, no reajuste, na melhoria e na elevação.

Pensar bem é edificar o que é bom. E somente Jesus é o Mestre do pensamento reto e purificado, a expressar em favor do erguimento comum, no repouso e no trabalho, no silêncio e no ruído, na dor e na alegria, que constituem importantes posições de nossa viagem para os cimos da vida.

Cultivar o Evangelho, no santuário familiar, é nortear a nossa experiência para o Reinado de Deus, em nós e fora de nós.

Criar semelhante serviço, pois, no domicílio de nossas almas, é simples dever, porquanto, pela palavra que ensina e ajuda, aprenderemos a abrir as portas do coração para que, na intimidade de nós mesmos, possamos sentir a Divina Presença de Jesus, nosso Mestre e Senhor.


Pio Ventania

Do livro “Luz no Lar”, de Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Divina Sílaba














Sempre o Nome Sagrado – a Sílaba Divina –
Dos astros recordando alígeras galeras,
Nas correntes do Azul, às supremas esferas
Onde o jorro da luz se represa e esborcina...

Das alturas do Céu ao bojo das crateras,
Do mar em vagalhões à fonte pequenina,
Dos cimos da montanha às entranhas da mina,
Do clarão do presente à sombra de outras eras...

Da relva pisoteada ao tronco erguido a prumo,
Da brisa bonançosa ao furacão sem rumo,
Da leveza da palha ao peso do granito...

Do gênio angelical à bactéria no solo,
De vida em vida, passo a passo, polo a polo,
Tudo fala de Deus na glória do Infinito!...


Americano do Brasil

XAVIER, Francisco Cândido. Do livro Poetas Redivivos.

domingo, 5 de agosto de 2012

Ouve















Escuta! Enquanto a paz da oração te domina,
Qual melodia excelsa, a fremir, doce e mansa,
Há quem padeça e morra à míngua de esperança,
Rogando amparo, em vão, no lençol de neblina.

Ouve! A sombra tem voz que clama e desatina...
É a provação que ruge... A dor que não descansa...
Desce do pedestal da fria segurança,
Transfigura a bondade em fonte cristalina.

Estende o coração!... Serve, instrui, alivia...
Das sementes sutis de ternura e alegria
Prepararás, agora, o jardim do futuro...

Um dia, voltarás à pátria de onde vieste
E apenas colherás na luz do Lar Celeste
O que dás de ti mesmo ao solo do amor puro.


Amaral Ornellas

Do livro Antologia dos Imortais, de Francisco Cândido Xavier, por Espíritos diversos.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A Regra Áurea


“Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” — Jesus. (MATEUS, capítulo 22, versículo 39.)

Incontestavelmente, muitos séculos antes da vinda do Cristo já era ensinada no mundo a Regra Áurea, trazida por embaixadores de sua sabedoria e misericórdia. Importa esclarecer, todavia, que semelhante princípio era transmitido com maior ou menor exemplificação de seus expositores.

Diziam os gregos: “Não façais ao próximo o que não desejais receber dele.”

Afirmavam os persas: “Fazei como quereis que se vos faça.”

Declaravam os chineses: “O que não desejais para vós, não façais a outrem.”

Recomendavam os egípcios: “Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava para si.”

Doutrinavam os hebreus: “O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo.”

Insistiam os romanos: “A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo.”

Na antiguidade, todos os povos receberam a lei de ouro da magnanimidade do Cristo.

Profetas, administradores, juízes e filósofos, porém, procederam como instrumentos mais ou menos identificados com a inspiração dos planos mais altos da vida. Suas figuras apagaram-se no recinto dos templos iniciáticos ou confundiram-se na tela do tempo em vista de seus testemunhos fragmentários.

Com o Mestre, todavia, a Regra Áurea é a novidade divina, porque Jesus a ensinou e exemplificou, não com virtudes parciais, mas em plenitude de trabalho, abnegação e amor, à claridade das praças públicas, revelando-se aos olhos da Humanidade inteira.


Emmanuel

Do livro Caminho, Verdade e Vida, de Francisco Candido Xavier, pelo Espírito Emmanuel.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Especial do Mês



Nesse mês, com o especial “Florações Luminíferas”, o Manancial de Luz reserva-se a postagens em dias alternados de uma coletânea de grandiosas mensagens que fazem parte das mais diversas obras literárias espíritas e que sempre nos trazem ensinamentos de paz, amor e esperança às nossas vidas.

Agradecemos aos nossos caríssimos leitores pela alegria da sua estimada presença.


Abraços fraternos!
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